CDH debate saúde da mulher e condições de emprego da população feminina — Rádio Senado
Audiência pública

CDH debate saúde da mulher e condições de emprego da população feminina

A saúde da mulher e as condições de trabalho da população feminina foram temas de audiência pública Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH). Especialistas afirmaram que o câncer vem aumentando e que a prevenção deve ser enfocada. O senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente da CDH, informou que vai iniciar campanha pela aprovação do projeto de lei (PLC 130/2011) que propõe punições para empresas que pagam às mulheres salário menor do que o pago aos homens nas mesmas funções.

08/03/2018, 13h20 - ATUALIZADO EM 08/03/2018, 14h27
Duração de áudio: 02:31
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência interativa para tratar sobre direito da saúde da mulher e direitos previdenciários.

Mesa:
assistente Social e representante do grupo dos aprovados no concurso do INSS), Aline Inácio;
diretora do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Vera Jatobá;
médica ginecologista e Obstetra, Bruna Pitaluga Peret Ottani;
supervisora da Residência Médica em Cancerologia e Oncologia Clínica no Hospital de Base do DF, Fabiane Kellem Cesário;
presidente e Fundadora da Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília - Recomeçar e representante da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama da (Femama), Joana Jeker dos Anjos;
pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit/Unicamp), Marilane Oliveira Teixeira.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O CÂNCER PODE SER PREVENIDO COM ALIMENTAÇÃO CORRETA E EXERCÍCIOS FÍSICOS. E PAGAR MENOR SALÁRIO ÀS MULHERES PODE SER GERAR MULTA AO EMPREGADOR. LOC: ESTES ASSUNTOS FORAM DEBATIDOS NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS, QUE TRATOU DO DIREITO FEMININO À SAÚDE E A IGUAIS CONDIÇÕES DE TRABALHO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: (Repórter) A incidência de câncer vem aumentando, especialmente o de intestino, informou a médica Fabiane Casário, que participou de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos. Além da propensão genética, disse, o cigarro e álcool aumentam o risco da doença. E observou que quando detectado no início, o câncer é curável. (Fabiane Cesário) “O número de casos de câncer no mundo está crescendo avassaladoramente. E nas mulheres também, de forma exponencial. Quando se pensa em mulher, a gente fala em câncer de mama e de útero, mas o segundo tumor mais prevalente na população feminina é o de colo e reto, não é o de útero. Então, precisamos ficar atentas aos sinais de alerta”. (Repórter) Para a médica ginecologista e obstetra, Bruna Ottani, a prevenção é a forma mais barata e eficiente de evitar o câncer. A alimentação correta e a prática de exercícios físicos, ressaltou, reduzem até 50% a incidência da doença. E alertou que a obesidade aumenta em dez vezes o risco de desenvolver câncer. (Bruna Ottani) “Falar sobre diagnóstico precoce, a gente está falando de tecnologia, a gente está falando de um custo muito aumentado. Mas se a gente falar de prevenção, é simples. Se você pratica uma caminhada de 30 minutos, três vezes por semana e no final de semana dá mais uma caminhadinha, você já reduz a sua incidência de câncer em todos os cânceres, mama, intestino, colo de útero, todos”. (Repórter) Alertando para a desigualdade no mercado de trabalho, a pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, Marilane Teixeira, disse que as mulheres, em média, recebem salário 30% menor do que os homens para mesma atividade. Mas alertou que a discriminação envolve outros elementos. (Marilane Teixeira) “É uma reação a uma condição de inserção das mulheres num outro espaço que é o espaço reprodutivo e dos afazeres domésticos e das responsabilidades familiares”. (Repórter) O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, defendeu a aprovação do projeto de lei que multa empresas que pagam menos às mulheres que exercem a mesma função dos homens. (Paulo Paim) “A Câmara já aprovou o projeto e aprovou por unanimidade. Agora é a hora do Senado também responder. Porque não adianta só fazer sessão de homenagem e não aprovar. Eu diria que esse projeto é um dos principais”. (Repórter) A proposta aguarda a votação na Comissão de Assuntos Sociais, onde o senador Paim é o relator. PLC 130/2011

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