Oposição critica criação de Ministério da Segurança Pública — Rádio Senado

Oposição critica criação de Ministério da Segurança Pública

Começou a tramitar no Congresso Nacional a Medida Provisória 821/2018, publicada nesta terça-feira (27) no Diário Oficial da União, instituindo o Ministério Extraordinário da Segurança Pública. A nova pasta vai coordenar todas as ações de combate ao crime organizado em parceria com os governadores. As Polícias Federal, Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança Pública ficarão subordinadas ao novo Ministério. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) avalia que o novo órgão não vai resolver o problema da criminalidade. Já o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) acredita que o Ministério da Segurança Pública combaterá a criminalidade em todo o país e apenas no estado do Rio de Janeiro, alvo da intervenção federal.

27/02/2018, 09h42 - ATUALIZADO EM 27/02/2018, 11h44
Duração de áudio: 02:04
Agência Senado

Transcrição
LOC: OPOSIÇÃO DIZ QUE NOVO MINISTÉRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA, QUE SERÁ CRIADO POR MEDIDA PROVISÓRIA NESTA TERÇA-FEIRA, NÃO RESOLVERÁ PROBLEMA DA CRIMINALIDADE. LOC: GOVERNISTAS ELOGIAM ESCOLHA DO MINISTRO DA DEFESA PARA COMANDAR AS AÇÕES DE COMBATE À VIOLÊNCIA E AO CRIME ORGANIZADO. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: A criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública foi anunciada com a intervenção no Rio de Janeiro. Até então, o Ministério da Justiça abrigava toda a estrutura. Entre as atribuições da nova pasta estará a coordenação da segurança pública em todo o País em parceria com os governadores. As Polícias Federal, Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança Pública estarão vinculadas ao novo ministério. O senador Randolfe Rodrigues da Rede Sustentabilidade do Amapá avalia que a nova pasta não será eficaz e ainda vai onerar os cofres públicos. (Randolfe) O que resolve o problema da Segurança Pública não é criar novos ministérios. É política de segurança pública. Política séria com investimento nas polícias, com boa remuneração dos agentes de segurança pública, com investimento em inteligência e com o papel devido das Forças Armadas, evitando o tráfico de drogas e de armas. É isso que resolve e não manobras dissuasivas. REP: O senador Ataídes Oliveira do PSDB de Tocantins acredita que o novo Ministério de Segurança Pública atacará a criminalidade em todo o País, não focando apenas no Rio de Janeiro, alvo de uma intervenção. (Ataídes) Eu sou contra a criação de novos Ministérios. Entretanto, a necessidade de criação desse Ministério, eu não via outra alternativa no momento, se não essa. E ali no Rio de Janeiro, há um caso específico, que há a participação da polícia. REP: Caberá a Raul Jungmann, até então ministro da Defesa, comandar o Ministério da Segurança Pública. A senadora Rose de Freitas do PMDB do Espírito Santo destacou a experiência dele após onze ações de envio das Forças Armadas para diversos estados. (Rose) Excelente nome. Acho que se ele vai especificamente tomar conta da questão da segurança pública, ele, que está profundamente conhecedor e cada dia mais debelando crises daqui ou dali, acho perfeito estar no Ministério da Segurança Pública. REP: Depois de editada, a MP precisará ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

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