Congresso inicia trabalhos e Senado faz primeira sessão no Plenário
Na volta dos trabalhos do Congresso Nacional, nesta segunda-feira (5), os parlamentares apresentaram prioridades para a pauta de votações e comentaram expectativas do Poder Executivo. A reforma da Previdência esteve em evidência. O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR) acredita na aprovação do texto ainda neste ano. Já o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), considera que a reforma não tem chance de ser aprovada agora. Após a abertura dos trabalhos, os senadores fizeram uma sessão extraordinária não deliberativa no Plenário.
Transcrição
LOC: NA VOLTA DOS TRABALHOS NO CONGRESSO NACIONAL, OS PARLAMENTARES APRESENTARAM PRIORIDADES PARA A PAUTA DE VOTAÇÕES E COMENTARAM AS EXPECTATIVAS DO PODER EXECUTIVO.
LOC: A REFORMA DA PREVIDÊNCIA AINDA ESTÁ LONGE DO CONSENSO, COMO INFORMA A REPÓRTER PAULA GROBA:
TÉC: Após a salva de tiros de canhão, o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira, subiu a rampa acompanhado de parlamentares, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, além da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, e da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Lideranças partidárias participaram da sessão de abertura dos trabalhos, entre elas o líder do governo no Senado, Romero Jucá, do PMDB de Roraima, que disse acreditar que a reforma da Previdência ainda pode ser votada este ano pelo Congresso.
(JUCÁ) Nós temos que constatar que a Reforma da Previdência é algo extremamente importante para o país. Para agora e para o futuro. Nós vamos dar um crédito ao processo de negociação entre as lideranças da Câmara e cabe ao Senado aguardar e todos nós torcermos para que nós possamos ter uma conclusão para que se aponte responsabilidade fiscal no nosso país.
(PAULA) Já o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, considera que a reforma não tem chance de ser aprovada pelo Congresso este ano.
(CASSIO) Eu não creio que a matéria conseguira sequer sair da Câmara dos Deputados. Primeiro porque boa parte da base de apoio do governo manifesta-se contra a reforma. Segundo porque o governo não para de errar. O governo trata a reforma como se fosse um balcão de negócios. Como se os parlamentares estivessem à venda, auferindo vantagens, recebendo recursos, recebendo dinheiro até pra votar a matéria.
(Paula) Durante a solenidade, foi estendida uma faixa com um abaixo assinado contra a reforma da Previdência, como explicou a senadora Ângela Portela, do PDT de Roraima.
(ÂNGELA) O abaixo-assinado foi encabeçado pelo PSOL que tem o nosso apoio dos diversos partidos de esquerda desse país e que tem milhões de assinaturas do povo brasileiro contra a reforma da previdência.
(PAULA) Após a abertura dos trabalhos, os senadores fizeram uma sessão extraordinária não deliberativa no plenário. Da Rádio Senado, Paula Groba.