Senadores comentam o déficit nas contas do governo em 2017 — Rádio Senado
Assuntos Econômicos

Senadores comentam o déficit nas contas do governo em 2017

O déficit do governo federal em 2017 foi de R$ 124,4 bilhões. O rombo nas contas públicas ficou abaixo da meta para o ano que era de R$ 159 bilhões. Senadores da Comissão de Assuntos Econômicos avaliam os resultados. Para o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) o déficit menor foi fruto do aumento de arrecadação e do esforço do governo para cortas gastos. Para Ataídes Oliveira (PSDB-TO), a crise brasileira além de econômica e social é também política. Ele sustenta que como a crise política chegou ao fundo do poço, a tendência é melhorar. Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) o déficit revela uma tragédia. “Depois de todos os cortes que o governo fez, da retirada de direitos, não conseguir ainda equilibrar o Orçamento mostra que o governo estava absolutamente errado em ir por esta linha, por esse caminho do austericídio”, criticou. O senador Telmário Mota (PTB-RR) também criticou os cortes do governo em áreas sociais. Para ele, o governo “arrochou os pequenos e beneficiou o rico”.

30/01/2018, 13h52 - ATUALIZADO EM 30/01/2018, 18h16
Duração de áudio: 02:27
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O DÉFICIT DO GOVERNO FEDERAL EM 2017 FOI DE QUASE 124 BILHÕES E MEIO DE REAIS. LOC: O ROMBO NAS CONTAS PÚBLICAS FICOU ABAIXO DA META PARA O ANO. SENADORES DA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS AVALIAM OS RESULTADOS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: TÉC.: As contas do governo, em 2017, tiveram um déficit primário de 124 bilhões e 400 milhões de reais. A meta para o ano era de até 159 bilhões. O rombo nas contas do governo também ficou menor doque em 2016, quando registrou mais de 161 bilhões de reais. O vice-presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Garibaldi Alves Filho, do PMDB do Rio Grande do Norte, avaliou que a queda no rombo das contas púbicas se deve a um conjunto de ações do governo. (Garibaldi) “Eu não estou vendo, isoladamente, só os números. Com o aumento da arrecadação e com o esforço que o governo fez para impedir despesas maiores é que surpreendeu o déficit ao final”. (Rep): Essa também é a opinião do senador Ataídes Oliveira, do PSDB do Tocantins. Na opinião dele, a crise que vive o Brasil é política: (Ataídes) “A crise não é econômica, não é social. O problema do Brasil, eu tenho dito, é a crise política. E essa crise política chegou no fundo do poço. Agora, então, nós vamos erguer. Não foi só o controle de gasto e outras ações importantes do governo Federal. Na verdade, é o todo”. (Rep): Mas na avaliação da senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, o rombo mostra que o governo não está tomando as decisões corretas. (Gleisi) “É uma tragédia! Porque, depois de todos os cortes que o governo fez, da retirada de direitos, não conseguir ainda equilibrar o Orçamento mostra que o governo estava absolutamente errado em ir por esta linha, por esse caminho do austericídio”. (Rep): Também o senador Telmário Mota, do PTB de Roraima, criticou os cortes do governo em áreas sociais. (Telmário) “É um orçamento que vem cortar, aí. Corta 97% do social, corta 99% do saneamento básico, 44% das universidades, corta 86% da reforma agrária, corta 86% da educação no campo, corta 100% dos investimentos sustentáveis nas comunidades indígenas e nas ribeirinhas. Ou seja, ele arrochou os pequenos e beneficiou o rico”. (Rep): O resultado do déficit das contas públicas de 2017 foi divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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