Redução da emissão de gases, crise hídrica, biocombustíveis e COP 23 foram temas discutidos na CMMC em 2017 — Rádio Senado
Balanço 2017

Redução da emissão de gases, crise hídrica, biocombustíveis e COP 23 foram temas discutidos na CMMC em 2017

Novas políticas sobre biocombustíveis, prevenção de desmatamento e recuperação de matas nativas foram temas debatidos durante este ano na Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC). As ações do Brasil para cumprir o acordo do clima continuaram na pauta do colegiado, que participou da Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, COP 23, juntamente com a delegação brasileira. Segundo o presidente da CMMC, senador Jorge Viana (PT – AC), há uma esperança de que o Brasil resolva o problema da fome, mas conserve a sua biodiversidade.

19/12/2017, 12h21 - ATUALIZADO EM 19/12/2017, 13h20
Duração de áudio: 02:24
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: NOVAS POLÍTICAS SOBRE BIOCOMBUSTÍVEIS, PREVENÇÃO DE DESMATAMENTO E RECUPERAÇÃO DE MATAS NATIVAS FORAM TEMAS DEBATIDOS DURANTE ESTE ANO NA COMISSÃO MISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS. LOC: AS AÇÕES DO BRASIL PARA CUMPRIR O ACORDO DO CLIMA CONTINUARAM NA PAUTA DO COLEGIADO, QUE PARTICIPOU DA COP 23 JUNTAMENTE COM A DELEGAÇÃO BRASILEIRA. OUÇA MAIS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. (TÉC): Durante o ano de 2017, a Comissão Mista de Mudanças Climáticas debateu ações que podem ajudar o país a reduzir a emissão de gases de efeito estufa e assim cumprir as metas acordadas com outros países. Agricultura de baixo carbono, o potencial dos biocombustíveis no Brasil, a implementação do novo Código Florestal e o combate ao desmatamento foram alguns dos temas de discussões no colegiado, que contaram com a participação de especialistas, membros da Embrapa, Ibama, de ONGs e dos Ministérios de Minas e Energia, Meio Ambiente e de Relações Exteriores. Durante audiência pública sobre os ganhos do País com o estímulo aos biocombustíveis, Miguel Oliveira, do Ministério de Minas e Energia, quantificou o saldo positivo no Brasil com os biocombustíveis. (Miguel Oliveira): A gente gera mais de 1 milhão de empregos diretos, na venda total esse valor pode chegar até 3 milhões de empregos, mais de 1 bilhão de toneladas de CO2 foram evitadas em 40 anos o que equivale a 6 anos das emissões totais da indústria brasileira. (Repórter): A crise hídrica no Vale do São Francisco, as contribuições do Cerrado e da Mata Atlântica para a oferta de água, o impacto das mudanças climáticas nos biomas e como o País vai cumprir seus compromissos no Acordo do Clima também foram temas de debates. A comissão decidiu destinar 300 milhões de reais na recuperação de bacias hidrográficas em todo o País. A comissão ainda participou do seminário internacional sobre legislação ambiental, que o Senado sediou e contou com representantes de vários países. Mas a participação de membros da CMMC em mais uma edição da Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, COP 23, foi o destaque dos trabalhos do colegiado, que pôde colher sugestões em um debate pioneiro da comissão no Espaço Brasil, durante a Conferência, como explica o presidente do colegiado, senador Jorge Viana, do PT do Acre. (JORGE VIANA): O desafio brasileiro é enorme, porque o Brasil é um país megadiverso, mas é o sétimo em emissões no mundo. E há uma esperança de que a gente resolva o problema da fome, mas conserve a biodiversidade brasileira. (Repórter) O resultado da mobilização na COP 23 garantiu agilidade em votações importantes para a área ambiental, como a aprovação da Emenda Doha ao Protocolo de Kyoto e do programa de estímulo aos biocombustíveis, Renovabio.

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