Governo e oposição divergem sobre resultados da economia em 2017 — Rádio Senado
Balanço 2017

Governo e oposição divergem sobre resultados da economia em 2017

Para a Oposição, 2017 foi o pior ano do ponto de vista político e econômico. O senador Jorge Viana (PT – AC) lembrou que o governo se empenhou em derrubar as denúncias contra Michel Temer por corrupção passiva e organização criminosa. E lamentou a aprovação do Orçamento de 2018 com diversos cortes.  Governistas citam a retomada do crescimento e a aprovação de reformas como pontos positivos. O vice-líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB – PE), destacou a superação da crise econômica.

19/12/2017, 14h09 - ATUALIZADO EM 19/12/2017, 14h19
Duração de áudio: 02:01
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: PARA OPOSIÇÃO, 2017 FOI O PIOR ANO DO PONTO DE VISTA POLÍTICO E ECONÔMICO. LOC: GOVERNISTAS CITAM A RETOMADA DO CRESCIMENTO E A APROVAÇÃO DE REFORMAS COMO PONTOS POSITIVOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Ao fazer um balanço de 2017, o senador Jorge Viana do PT do Acre considerou que o ano foi de crises política e econômica. Ele lembrou que o governo se empenhou em derrubar as denúncias contra Michel Temer por corrupção passiva e organização criminosa. E lamentou a aprovação do Orçamento de 2018 com diversos cortes. (Jorge Viana) É um alívio chegar ao final deste ano. Talvez, tenha sido o pior ano do ponto de vista da política. Foram temas como negar ao Supremo investigar o atual presidente. Foram duas vezes a Câmara dos Deputados. Para agravar ainda mais aprovar uma proposta que limita os gastos. Sou favorável que sejamos rigorosos com os gastos públicos. Mas, pelo amor de Deus, você tirar dinheiro de áreas estratégicas, colocar em risco saúde, educação e programas sociais, isso é uma irresponsabilidade. (Repórter) O vice-líder do governo, senador Fernando Bezerra Coelho do PMDB de Pernambuco, destacou a superação da crise econômica. (Fernando Bezerra) O ano começou com expectativas muito baixas de crescimento, sobretudo, com geração de emprego. Estamos fechando o ano com a economia brasileira crescendo 1%, com geração de emprego de 1,5 milhão pessoas que voltam a ter um salário, taxa de juros mais baixa e inflação em torno de 3%. (Repórter) A senadora Lídice da Mata do PSB da Bahia rebateu as estimativas do governo ao lembrar que o aumento do emprego é pela época do ano. (Lídice da Mata) A crise não acabou. Estamos vivendo momento de crescimento de zero vírgula alguma coisa. E a previsão para o próximo ano também é essa, não é de crescimento para 2 ou 3. O papel do governo é acelerar esse crescimento. Não é isso que o governo está fazendo com as medidas que está tomando. (Repórter) Já o líder do PSDB, senador Paulo Bauer de Santa Catarina, ressaltou a aprovação de reformas, a exemplo da Trabalhista. (Paulo Bauer) O governo fez todo o trabalho que precisava ser feito para reorganizar o Estado, viabilizar um crescimento econômico e para produzir reformas institucionais importantes. (Repórter) Além da Reforma da Previdência, o governo pretende aprovar no início do ano o aumento da contribuição do INSS para servidores públicos e de impostos para alguns setores da economia.

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