Comissão Senado do Futuro debate situação dos condomínios residenciais — Rádio Senado
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Comissão Senado do Futuro debate situação dos condomínios residenciais

Alguns condomínios residenciais das grandes cidades brasileiras têm um número maior de habitantes que muitos municípios do interior do país. A administração desses condomínios tornou-se uma atividade profissional. Para debater o tema, o presidente da Comissão Senado do Futuro, Helio José (Pros-DF), convidou vários representantes de associações de síndicos e de condomínios. O senador analisa que a falta de suporte do Estado e a expansão da cultura do medo levaram as pessoas a se refugiar “em ilhas de segurança, cercadas e protegidas por muros”.

18/12/2017, 20h35 - ATUALIZADO EM 18/12/2017, 20h44
Duração de áudio: 02:02
Comissão Senado do Futuro (CSF) realiza audiência pública para tratar sobre o futuro dos condomínios residenciais no Brasil.

Mesa:
advogado e consultor, Rodrigo Karpat;
professora  mestre em psicologia, Landejaine Maccori;
presidente da CSF, senador Hélio José (Pros-DF);
vice-presidente jurídico e de assuntos legislativos do Secovi-RJ, Alexandre Corrêa;
presidente da Abrasindicos, Claudio Ribeiro Celino.

Foto: Roque Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: A ADMINISTRAÇÃO DOS CONDOMÍNIOS TEM SE TORNADO UMA ATIVIDADE PROFISSIONAL. LOC: AO MESMO TEMPO, CONDÔMINOS QUEREM PARTICIPAR DAS DECISÕES E INFLUENCIAR NA CONSTRUÇÃO DE UM AMBIENTE DE HARMONIA E BOA CONVIVÊNCIA. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TÉC: A Comissão Senado do Futuro promoveu uma audiência pública sobre a evolução dos condomínios residenciais brasileiros. Atualmente, alguns possuem mais de 20 mil moradores, maiores que várias cidades do país. E, por isso, a administração torna-se cada vez mais complexa. O senador Hélio José, do PROS do Distrito Federal, convidou vários representantes de associações de síndicos e condomínios para debater essa situação. Hélio José abriu o debate com um histórico do aparecimento dos grandes condomínios no Brasil: (HÉLIO) Seja pela falta de suporte do estado, ou pela expansão da cultura do medo, as pessoas buscam se refugiar em ilhas de segurança, cercadas e protegidas por muros. Um fenômeno que tem como marco, em 1975, o condomínio Alphaville, a cerca de 30 kilômetros da região dos jardins em São Paulo. O medo e a violência, principais ingredientes do marketing dos condomínios, é uma das principais razões levantadas pelos consumidores desse produto do mercado imobiliário. (REP) José Geraldo Pimentel, do Sindicato dos Condomínios do Distrito Federal, frisou a necessidade da profissionalização da administração dos condomínios. Ele destacou que isso não impede que os gestores conheçam os moradores, entendam seus costumes e estejam em conformidade com a lei: (PIMENTEL) Se nós não tratarmos de conhecer de pronto o perfil comportamental das pessoas que reside nos condomínios, certamente nós teremos dificuldades para poder construir uma legislação. (REP) A professora e psicóloga Landejaine Maccori defende que devido à crescente complexidade da administração dos grandes condomínios, deve existir formação técnica específica na área: (LANDEJAINE) É através da formação que vamos obter a legitimidade. Nós vamos continuar sem reserva de mercado. Apenas lutando por qualificação. (REP): O Brasil possui hoje mais de 180 mil condomínios, sejam de prédios ou de casas. E segundo o IBGE, mais de 20 milhões de brasileiros vivem neles. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.

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