Congresso mantém veto a porte de arma para agentes de trânsito
Transcrição
LOC: O CONGRESSO NACIONAL DECIDIU MANTER O VETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA AO PORTE DE ARMA PARA AGENTES DE TRÂNSITO.
LOC: REPRESENTANTES DA CATEGORIA QUE ACOMPANHARAM A SESSÃO LAMENTARAM A DECISÃO, QUE DIVIDIU A OPINIÃO DOS PARLAMENTARES. REPÓRTER MARCELA DINIZ:
TÉC: O veto do presidente Michel Temer ao projeto de lei que concedia porte de arma para os agentes de trânsito dividiu a opinião dos parlamentares. Para o senador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, esses profissionais desempenham papel importante na segurança pública e o porte de arma só seria permitido aos profissionais durante o expediente:
(Cássio) o que está se defendendo com essa proposta é que agentes do estado que estão fardados nas ruas e, portanto, de fácil identificação, possam ter um instrumento de defesa pessoal e defesa da própria sociedade.
(REP) Na opinião do deputado João Carlos Bacelar, do Podemos da Bahia, quanto mais categorias autorizadas a ter o porte, maior serão os números de assassinatos por armas de fogo:
(Bacelar) Não podemos deixar prosperar a teoria do faroeste: todo mundo armado, todo mundo atirando em todo mundo. Permitir que pequenos municípios tenham agentes de trânsito armados é criar verdadeiras milícias municipais.
(REP) Júnia Ferreira é agente de trânsito há 17 anos no Tocantins e integra a AGT Brasil, associação que representa a categoria. Ela acompanhou a sessão do Congresso e lamentou a manutenção do veto, pois, em sua opinião, o texto contemplava uma série de exigências para que o porte de armas não fosse concedido de forma inadequada:
(Júnia) O projeto de lei propõe o porte funcional, com treinamento, teste psicotécnico e não criaria ônus para os municípios, já que só seria armado o agente a partir da vontade do gestor. Sem esse porte funcional, nem o colete à prova de bala para nos proteger nós poderemos utilizar.
(REP) Foram 174 votos de deputados pela derrubada do veto, quando eram necessários, no mínimo, 257 para que o texto fosse apreciado pelo Senado. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.