Educação do internauta e selos de conteúdo podem ser armas contra as “fake news" — Rádio Senado
Seminário

Educação do internauta e selos de conteúdo podem ser armas contra as “fake news"

O Conselho de Comunicação do Social Congresso promoveu, nesta terça-feira (12), um seminário sobre “Fake News e Democracia”, com foco nas eleições de 2018. Especialistas apontaram formas de reduzir o impacto negativo das notícias falsas que circulam pelas redes sociais. Entre as sugestões, estão a criação de selos de qualidade jornalística e a educação do internauta para a checagem dos conteúdos compartilhados. O senador João Alberto (PMDB-MA), 2º vice-presidente do Senado, espera que o Legislativo também faça sua parte no combate às “fake news” e sugira soluções eficientes.

12/12/2017, 17h39 - ATUALIZADO EM 12/12/2017, 17h43
Duração de áudio: 02:01
Conselho de Comunicação Social (CCS) do Congresso Nacional realiza seminário para debater o tema "Fake News e Democracia" no auditório do Interlegis. 

Mesa: 
ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Sérgio Banhos; 
secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça, Rogério Galloro; 
segundo vice-presidente do Senado Federal, senador João Alberto Souza (PMDB-MA); 
representante do Tribunal Superior Eleitoral(TSE), ministro Tarcísio Vieira De Carvalho Neto; 
presidente do Conselho de Comunicação Social (CCS) do Congresso Nacional, Murillo de Aragão; 
secretário-executivo do Ministério do Turismo, Alberto Alves.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CRIAÇÃO DE SELOS DE QUALIDADE JORNALÍSTICA E A EDUCAÇÃO DO INTERNAUTA PARA A CHECAGEM DOS CONTEÚDOS COMPARTILHADOS PODEM AJUDAR A REDUZIR O IMPACTO NEGATIVO DAS NOTÍCIAS FALSAS QUE CIRCULAM PELAS REDES SOCIAIS. LOC: UM DEBATE NO SENADO SOBRE “FAKE NEWS E DEMOCRACIA” TEVE COMO FOCO AS ELEIÇÕES DE 2018. REPÓRTER MARCELA DINIZ: (Repórter) As “fake news” ou “notícias falsas” se difundem nas redes com velocidade e têm o potencial de influenciar a opinião pública, criando fenômenos como o da “pós-verdade”, quando os fatos acabam sendo superados por opiniões, crenças ou ideologias. No seminário “Fake News e Democracia”, promovido pelo Conselho de Comunicação Social do Congresso, o foco foi nos potenciais prejuízos das “fake news” nas eleições de 2018. Em 2014, mais de 10% dos debates políticos nas redes foram motivados por conteúdos postados por robôs, perfis automatizados com a função de disseminar notícias: sejam elas verdadeiras ou não. Foi o que mostrou o diretor de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas, Marco Aurélio Ruediger, coordenador da pesquisa “Robôs, redes sociais e política no Brasil”. Ruediger projetou um cenário ainda pior em 2018: (Marco Aurélio Ruediger) Vai ser um tiroteio na rede entre partidos, candidatos, veículos de mídia, etc, de uma forma potencializada como nós não vimos até agora. (Repórter) Para tentar reduzir o impacto, foram sugeridas medidas como o investimento na educação do usuário, para que ele mesmo cheque e denuncie conteúdos mentirosos. O jornalista Manoel Fernandes, que atua na análise de dados em ambiente digital, citou o exemplo italiano: (Manoel) A Itália tem um projeto de ensinar alunos de 800 escolas a identificar e denunciar fake news. Financiadas pelo Facebook e pelo seu Google. São essas iniciativas que vão mudar as coisas. (Repórter) Outra ideia é a criação de selos de qualidade para os conteúdos informativos. O segundo vice-presidente do Senado, senador João Alberto, do PMDB do Maranhão, espera que o Legislativo também faça sua parte no combate às “fake news”: (João Alberto) Que esse debate ganhe dimensões nacionais e que possamos sugerir soluções eficientes. (Repórter) As sugestões apresentadas durante o Seminário poderão servir de base para futuras recomendações do Conselho de Comunicação Social do Congresso.

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