Ministro debate trabalho escravo na Comissão de Direitos Humanos — Rádio Senado
Audiência pública

Ministro debate trabalho escravo na Comissão de Direitos Humanos

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, participou de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), nesta quarta-feira (6), para debater a portaria que alterou as regras de fiscalização do trabalho escravo. O texto, que foi suspenso pela ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber, foi criticado por senadores como Regina Sousa (PT-PI), que pediu sua revogação definitiva. O ministro explicou que o objetivo da portaria era garantir que, além de um processo administrativo e a inclusão na lista suja, os empresários que exploram o trabalho análogo à escravidão também respondessem a um processo criminal.

06/12/2017, 14h22 - ATUALIZADO EM 06/12/2017, 16h51
Duração de áudio: 02:09
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública interativa com a presença do ministro do Trabalho para prestar informações sobre Portaria 1.129/2017, que estabelece novas regras para a caracterização de trabalho análogo ao escravo. 

Em pronunciamento, ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: O MINISTRO DO TRABALHO RONALDO NOGUEIRA ESTEVE NO SENADO PARA DISCUTIR A PORTARIA SOBRE TRABALHO ESCRAVO. LOC: A AUDIÊNCIA PÚBLICA ACONTECEU NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. REPÓRTER ANA BEATRIZ SANTOS. (Repórter) A Comissão de direitos humanos do Senado recebeu o ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, para debater a portaria que alterou as regras de fiscalização sobre trabalho escravo. A portaria 1129 está suspensa desde o dia 24 de outubro, pela ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber. Para os participantes da audiência, o documento, caso entrasse em vigor, tornaria a fiscalização mais difícil e aumentaria os casos de exploração de mão de obra. Para o ministro Ronaldo Nogueira, o objetivo da portaria era garantir que além de um processo administrativo, e a inclusão na lista suja, os empresários que exploram o trabalho análogo à escravidão também respondessem a um processo criminal. (Ronaldo Nogueira 14s) “Mas o que nós queremos também é que o escravocrata responda a um processo criminal e que esse processo criminal o leve a condenação e á cadeia”. (Repórter) Os senadores consideram a portaria ilegal porque não leva em conta o código penal, que define que é trabalho escravo submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão, por meio de trabalhos forçados, jornadas exaustivas, condições degradantes ou restrição de locomoção alegando dívidas contraídas. A senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, presidente da comissão e autora do pedido da audiência, pediu a revogação definitiva da portaria pelo ministro. (Regina Sousa) Se ela foi tão contestada pelo próprio governo eu acho que o mais correto, o mais humano, seria revogar essa portaria. (Repórter) Os senadores lembraram ainda que algumas prerrogativas da portaria suspensa, como exigir a presença de um policial e elaboração do boletim de ocorrência, fotos e cópias de documentos que comprovem a violação e existência de segurança armada, dificultam a atividade do auditor do trabalho. RDH166/2017

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