Greve geral contra reforma da Previdência é suspensa — Rádio Senado
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Greve geral contra reforma da Previdência é suspensa

As centrais sindicais suspenderam a greve geral do dia 5, mas se mantêm em alerta contra a reforma da Previdência (PEC 287/2016). Os senadores se dividem sobre o assunto. Enquanto uns apontam necessidade de mobilização, outros lamentam uso político do tema. Para o senador Paulo Paim (PT – RS), que foi presidente da CPI da Previdência, é preciso reformar a forma de gestão, de fiscalização e de cobrança dos devedores da Previdência. Segundo o senador José Medeiros (Podemos – MT), a reforma da Previdência não será mais votada em 2017 e talvez nem em 2018. Medeiros lamentou que a proposta seja usada de forma política pela oposição.

01/12/2017, 12h23 - ATUALIZADO EM 01/12/2017, 12h34
Duração de áudio: 02:22
Reprodução/Youtube

Transcrição
LOC: AS CENTRAIS SINDICAIS SUSPENDERAM A GREVE GERAL DO DIA 5, MAS SE MANTÊM EM ALERTA CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA LOC: OS SENADORES SE DIVIDEM SOBRE O ASSUNTO. ENQUANTO UNS APONTAM NECESSIDADE DE MOBILIZAÇÃO, OUTROS LAMENTAM USO POLÍTICO DO TEMA. A REPORTAGEM É DE IARA FARIAS BORGES: (Repórter) As centrais sindicais decidiram suspender a greve geral prevista para o dia cinco de dezembro em função do adiamento da votação da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados. Mas os sindicalistas resolveram manter a mobilização até que se confirme que a votação da proposta foi definitivamente adiada para 2018. Para o senador Paulo Paim, do PT gaúcho, que foi presidente da CPI da Previdência, é preciso reformar a forma de gestão, de fiscalização e de cobrança dos devedores da Previdência. O senador comemorou a decisão da Justiça Federal de suspender a veiculação nos meios de comunicação de propaganda sobre a reforma que, na avaliação dele, é mentirosa. Paim disse que a população está revoltada com a proposta e deve aderir à greve nacional. (Paulo Paim) “É só cobrar os grandes devedores. Não precisa tirar um direito do trabalhador. É grave quando eles mentem. Eles mentem que uma hora o culpado é o servidor, uma hora o culpado é o trabalhador rural. Então a minha expectativa é que teremos uma boa mobilização”. (Repórter) O senador Hélio José, do PROS do Distrito Federal, que foi relator da CPI da Previdência, também considera importante a mobilização. Ele disse que, conforme a CPI apurou, a Previdência Social não precisa ser reformada. A reforma do governo, na opinião dele, é para incentivar banqueiros e a previdência privada. (Hélio José) “Espero que os trabalhadores do campo e da cidade e do serviço público, todos, se mobilizem e digam um basta a essa PEC da morte, que só vem contra o cidadão brasileiro”. (Repórter) O senador José Medeiros, do Podemos de Mato Grosso, garantiu que a reforma da Previdência não será mais votada em 2017 e talvez nem em 2018. E lamentou que a proposta seja usada de forma política pela oposição. (José Medeiros) “querem puxar, fazer um apelo, criar um vilão para reunir descontentes e, com isso, ter um apelo eleitoral de dizer que estão defendendo os mais fracos, os oprimidos. Estão procurando uma causa. Agora, é uma pena que as pessoas estejam indo para a rua enganadas por um vilão que não vai acontecer”. (Repórter) A greve nacional em defesa da Previdência e dos direitos é organizada pelas centrais sindicais.

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