Senadores rejeitam projeto que fixava em 12% o ICMS sobre o combustível de aviação
O Plenário do Senado rejeitou nesta quarta-feira (29) a proposta que fixava em 12% a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços sobre o combustível de aviação (PRS 55/2015). O texto foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que acreditava que a medida reduziria o valor das passagens aéreas. Parlamentares como o senador José Serra (PSDB-SP), no entanto, criticaram o projeto e reclamaram da perda de arrecadação dos estados. Para ser aprovada, a proposta precisava de 54 votos favoráveis, mas obteve apenas 43 votos favoráveis, 17 contrários e uma abstenção.
![Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Ordem do dia.
Participam:
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG);
senador Edison Lobão (PMDB-MA);
senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA);
senador José Maranhão (PMDB-PB);
senador Lindbergh Farias (PT-RJ);
senador Magno Malta (PR-ES);
senador Pedro Chaves (PSC-MS);
senador Reguffe (Sem partido-DF);
senador Renan Calheiros (PMDB-AL);
senador Roberto Requião (PMDB-PR);
senador Waldemir Moka (PMDB-MS);
senadora Lídice da Mata (PSB-BA);
senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Ordem do dia.
Participam:
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG);
senador Edison Lobão (PMDB-MA);
senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA);
senador José Maranhão (PMDB-PB);
senador Lindbergh Farias (PT-RJ);
senador Magno Malta (PR-ES);
senador Pedro Chaves (PSC-MS);
senador Reguffe (Sem partido-DF);
senador Renan Calheiros (PMDB-AL);
senador Roberto Requião (PMDB-PR);
senador Waldemir Moka (PMDB-MS);
senadora Lídice da Mata (PSB-BA);
senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado](https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2017/11/29/senadores-rejeitam-projeto-que-fixava-em-12-o-icms-sobre-o-combustivel-de-aviacao/20171129_05201mo.jpg/@@images/56603bce-cb92-4aa5-99d6-a521a2f381f4.jpeg)
Transcrição
LOC: OS SENADORES REJEITARAM O PROJETO QUE FIXAVA EM 12% A ALÍQUOTA DO COMBUSTÍVEL DA AVIAÇÃO.
LOC: DURANTE A VOTAÇÃO, ALGUNS PARLAMENTARES DEFENDERAM QUE A MEDIDA REDUZIRIA O VALOR DAS PASSAGENS, ENQUANTO OUTROS RECLAMARAM DE PERDA DA ARRECADAÇÃO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA.
(Repórter) Atualmente, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços sobre o combustível da aviação varia entre 12 e 25%, dependendo do estado em que a aeronave é abastecida. A proposta do senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, unificava a cobrança do ICMS em 12%. Segundo ele, a mudança reduziria o preço das passagens aéreas, já que o querosene corresponde a quase 40% dos gastos operacionais de um voo doméstico. Porém, o senador José Serra, do PSDB de São Paulo, disse que, além de o estado perder arrecadação, a medida concentraria ainda mais o número de abastecimentos.
(José Serra) “Quem ganha aqui é o lobby das companhias aéreas. Mais ainda a redução da lista vai concentrar combustível mais em São Paulo pelo amor de Deus. É onde tem um espaço maior que as companhias dispõe, sendo a redução da alíquota de 25 para 12 eles vão carregar mais combustível em São Paulo.”
(Repórter) O projeto de resolução também determinava que as empresas aéreas apresentassem um novo plano de voos nacionais e regionais, com quase 200 novas rotas. O relator do projeto na Comissão de Assuntos Econômicos, senador Jorge Viana, do PT do Acre, defendeu que o aumento do fluxo de passageiros compensaria a perda de arrecadação de alguns estados.
(Jorge Viana) “Não há menor possibilidade de nenhum Governo perder um único real. Nós não pudermos viver num país onde é proibido andar de avião. Só vai haver redução de preços se n[os aumentarmos a oferta de voos.”
(Repórter) Por se tratar de um projeto de resolução, eram necessários 54 votos favoráveis para a aprovação. A proposta obteve 43 votos sim, 17 não, e uma abstenção.