CRE debate programa espacial brasileiro — Rádio Senado
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CRE debate programa espacial brasileiro

O Programa Espacial Brasileiro foi tema de audiência pública nesta segunda-feira (27), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). Durante o debate, o presidente do colegiado, senador Fernando Collor (PTC-AL), lembrou que os países de economia forte vêm desenvolvendo seus programas espaciais e o Brasil não pode ficar de fora desse grupo. O comandante de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa, brigadeiro Alvani Adão da Silva, propôs a vinculação do programa especial à Presidência da República. Já o presidente da Agência Espacial Brasileira, professor José Raimundo Braga Coelho, destacou a importância da continuidade da destinação de verbas ao programa.

27/11/2017, 20h49 - ATUALIZADO EM 27/11/2017, 22h12
Duração de áudio: 02:16
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realiza ciclo de debates "O Brasil e a Ordem Internacional: Estender Pontes ou Erguer Barreiras?" 17° Painel - O Programa Espacial Brasileiro e o Aproveitamento Comercial da Base de Alcântara Discutindo sobre: Qual a relação entre desenvolvimento tecnológico e Defesa Nacional? Como o Brasil tem atuado para alcançar desenvolvimento tecnológico e uma indústria de Defesa competitiva? Importância do desenvolvimento tecnológico para a soberania brasileira. 

Mesa: 
presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho; 
presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados (CREDN), deputada Bruna Furlan (PSDB-SP); 
presidente da CRE, senador Fernando Collor (PTC-AL); 
chefe de Assuntos Estratégicos do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa (MD), Tenente-Brigadeiro do Ar Alvani Adão da Silva; 
diretor de Assuntos de Defesa e Segurança da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, professor doutor Joanisval Brito Gonçalves.

Foto: Moreira Mariz/Agência Senado
Foto: Moreira Mariz/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO NECESSITA DE INVESTIMENTOS PARA O SEU DESENVOLVIMENTO. LOC: A AVALIAÇÃO FOI FEITA EM AUDIÊNCIA DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES DO SENADO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TÉC: O Programa Espacial Brasileiro foi tema de audiência da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Desde a explosão do foguete lançador de satélites na Base de Alcântara, em 2003, com a morte de 21 cientistas, houve uma reestruturação estratégica no setor. Além da explosão, houve mudança dos equipamentos eletrônicos o que levou à redução do tamanho do novo Veículo Lançador de Satélites, com alteração de seu projeto. O presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor de Mello, do PTC de Alagoas, lembrou que os países de economia forte vêm desenvolvendo seus programas espaciais e o Brasil não pode ficar de fora desse grupo: (COLLOR) No lançamento do nosso satélite geoestacionário, nós também não permitimos que não houvesse nenhum acesso por parte de estrangeiros à tecnologia. O Brasil agiu dessa forma lá na base de Kourou. (REP) O brigadeiro Alvani Adão da Silva, comandante de assuntos estratégicos do Ministério da Defesa, propõe vincular o programa espacial à Presidência da República pela importância da área: (ALVANI) Nós propomos uma revisão da estrutura de governança do programa, elevando o programa especial dentro da estrutura de governo. Particularmente à atenção do presidente da República. E estamos trabalhando no desenvolvimento de um outro veículo de lançamento de micro-satélites, satélites na classe de 100 kilos, em parceria com a agência espacial alemã. (REP) O diretor de Defesa e Segurança da Secretaria de Assuntos estratégicos, Joanisval Brito Gonçalves, defende que o Centro de Lançamento de Alcântara possa ser oferecido ao mercado internacional de lançamento de satélites: (JOANISVAL) Existindo desde a década de 60, o centro de Lançamento de Alcântara passou por muitos altos e baixos, mas hoje ele está subutilizado. Daí a importância de fazer com que este centro seja utilizado adequadamente de forma racional e sem comprometer a soberania brasileira. (REP) O presidente da Agência Espacial Brasileira, professor José Raimundo Braga Coelho, destacou a importância da continuidade da destinação de verbas: (COELHO) Se trata de conquistar tecnologias críticas. Então, tudo isso exige investimentos razoáveis, de um bom tamanho, com frequência. (REP) Para fechar o ano de 2017, o setor necessita de 60 milhões de reais. E para executar os projetos de 2018, o Programa Espacial Brasileiro precisa de, no mínimo, 250 milhões. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.

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