CDH debate circunstância da morte do ex-reitor da UFSC — Rádio Senado
Audiência pública

CDH debate circunstância da morte do ex-reitor da UFSC

Uma audiência pública nesta terça-feira 921) no senado discutiu as circunstâncias que levaram à morte do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier. Os participantes criticaram as operações policiais espetaculares e pediram agilidade nas investigações. Para a presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH), senadora Regina Sousa (PT – PI), medidas excepcionais, como prisões, devem ser tomadas com cautela e não como holofote.

21/11/2017, 13h29 - ATUALIZADO EM 21/11/2017, 13h51
Duração de áudio: 01:49
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove audiência pública para tratar "as circunstâncias que levaram a morte do Doutor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina", com a participação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

Mesa:
1º vice-presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Luis Eduardo Acosta Acosta;
procurador Federal junto a Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Juliano Scherner Rossi;
presidente da CDH, senadora Regina Sousa (PT-PI);
secretária-geral da Associação Nacional dos Técnicos de Nível Superior (Atens-SN), Diana Dias Sampaio.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC:. UMA AUDIENCIA PÚBLICA NESTA TERÇA-FEIRA NO SENADO DISCUTIU AS CIRCUNSTÂNCIAS QUE LEVARAM À MORTE DO EX-REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, LUIZ CARLOS CANCELLIER. LOC: OS PARTICIPANTES CRITICARAM AS OPERAÇÕES POLICIAIS ESPETACULARES E PEDIRAM AGILIDADE NAS INVESTIGAÇÕES. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: (Repórter) Luiz Carlos Cancellier estava afastado do cargo de reitor da Universidade Federal de Santa Catarina e foi preso temporariamente na operação Ouvidos Moucos da Polícia Federal, suspeito de obstruir as investigações sobre desvio de recursos para o custeio da formação de professores do programa de educação a distância. Cancellier negou a acusação, denunciou a humilhação sofrida e, em dois de outubro de 2017, se suicidou. O procurador Federal junto a Universidade Federal de Santa Catarina, Juliano Rossi, informou que tudo começou com denúncias anônimas, que levaram à investigação. Na avaliação de Rossi, a atuação espetacular da Polícia Federal e a reação das pessoas podem ter contribuído para o desfecho trágico. (Juliano Rossi) “Eu não consigo compreender o que levou as pessoas a terem uma reação tão extremada. Um suicídio ele afirma demais e a afirmação que fez nesse caso é a afirmação de uma grande injustiça. E que eu espero, realmente, que isso provoque algum tipo de crise de consciência, se não nas pessoas, pelo menos nas instituições”. (Repórter) Para a presidente da Comissão de Direitos Humanos, senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, medidas excepcionais, como prisões, devem ser tomadas com cautela e não como holofote. (Regina Sousa) “A morte do professor Cancellier tem que ser um basta para a gente retomar o estado de direito deste país. As pessoas não estão mais preocupadas com provas, estão preocupadas com convicção. E convencer a opinião pública hoje está muito fácil, principalmente com o advento das redes sociais. Vira verdade! Uma mentira vira verdade rapidamente”. (Repórter) A audiência foi realizada com a participação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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