Ordem dos Músicos tem atuação criticada em audiência pública — Rádio Senado
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Ordem dos Músicos tem atuação criticada em audiência pública

A atuação da Ordem dos Músicos do Brasil foi criticada em audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE). O presidente da entidade, Gerson Tajes, afirmou que a Ordem trabalha pela regularização da profissão de músico. O senador Cristovam Buarque (PPS – DF), que pediu a audiência, pensa em realizar outro encontro para prosseguir a discussão.

09/11/2017, 11h58 - ATUALIZADO EM 09/11/2017, 13h33
Duração de áudio: 02:08
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A ATUAÇÃO DA ORDEM DOS MÚSICOS DO BRASIL FOI CRITICADA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE DO SENADO. LOC: O PRESIDENTE DA ENTIDADE, GERSON TAJES, AFIRMOU QUE A ORDEM TRABALHA PELA REGULARIZAÇÃO DA PROFISSÃO DE MÚSICO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: TÉC.: A audiência pública discutiu a atuação da Ordem dos Músicos do Brasil. Ação no Supremo Tribunal Federal questiona, entre outros pontos, a exigência de registro para que um músico seja considerado profissional. Na avaliação do representante do Movimento de Valorização da Música, Marcos Santos, a exigência é inconstitucional por ferir a liberdade de exercício profissional. Ele ressaltou que a atividade de músico não apresenta risco à sociedade e, portanto, não precisa de fiscalização. Santos ainda afirmou que a Ordem dos Músicos está envolvida em fraudes e corrupção. (Santos) “Há uma tremenda de uma fraude em tudo isso, é um engodo dos maiores que eu já vi quando se fala em cultura, quando se fala em educação. Nós não podemos aceitar de maneira nenhuma que a nossa música seja jogada, e os nossos profissionais da música sejam jogados na lata do lixo como estão sendo”. (Rep): O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Músicos, Gerson Tajes, disse que a Polícia Federal e o Ministério Público estão investigando desvios de milhões de reais, praticados por gestões anteriores. O compromisso da atual gestão, afirmou Tajes, é com a valorização do músico. (Tajes) “O nosso papel é de organizar. A instituição não pode ser culpada pelos malfeitos de 48 anos de uma má administração. A nossa expectativa aqui é o que vai ser para frente, o que vai acontecer, os projetos, os nossos direitos, o nosso trabalho com o Ministério do Trabalho agora que é de ajudar a amenizar o sofrimento de 8 milhões de músicos no Brasil, trazendo para a regulamentação, para o reconhecimento”. (Rep): O senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, que pediu a audiência, pensa em realizar outro encontro para prosseguir a discussão. (Cristovam) “Estão aqui provocando um debate fundamental para o Brasil. Esse é um debate que tem que continuar e, se for o caso, fazemos outra audiência”. (Rep): Também participaram da audiência representantes dos ministérios do Trabalho e da Cultura.

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