Brasil vai apresentar estratégias contra aquecimento global na COP 23
A nova política nacional sobre biocombustíveis, prevenção de desmatamento e recuperação de matas nativas são estratégias adotadas pelo Brasil que serão levadas para debate na Conferência das Partes Sobre Mudança do Clima, a COP 23, a realizar-se em Bonn, na Alemanha, agora em novembro. Durante audiência pública na Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) também foi abordada a redução orçamentária para políticas relacionadas ao meio ambiente. O presidente da comissão, senador Jorge Viana (PT-AC), demonstrou preocupação com um estudo da WWF que mostra a redução gradual do orçamento do Ministério do Meio Ambiente. O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) afirmou que os efeitos da mudança do clima já são visíveis em diversas cidades do Brasil e que o assunto é emergencial.
Transcrição
LOC: NOVAS POLÍTICAS SOBRE BIOCOMBUSTÍVEIS, PREVENÇÃO DE DESMATAMENTO E RECUPERAÇÃO DE MATAS NATIVAS SÃO ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELO BRASIL QUE SERÃO LEVADAS PARA DEBATE NA CONFERÊNCIA DAS PARTES SOBRE MUDANÇA DO CLIMA, COP 23, NA ALEMANHA.
LOC: DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS, TAMBÉM FOI ABORDADA A REDUÇÃO ORÇAMENTÁRIA PARA POLÍTICAS RELACIONADAS AO MEIO AMBIENTE. REPÓRTER PAULA GROBA.
TÉC: Mesmo com o anúncio de saída dos Estados Unidos do Acordo do Clima, do cenário geopolítico diferente e da expectativa de que os países não consigam conter o aquecimento global nos níveis previstos o Brasil se prepara para mostrar na COP 23 que tem feito a sua parte para o cumprimento das metas estabelecidas. De acordo com o representante do Ministério do Meio Ambiente, Everton Lucero, o país deve apresentar três frentes de trabalho durante a conferência que acontece em Bonn, na Alemanha, em novembro: a nova política nacional de biocombustíveis; um plano de recuperação de vegetações nativas e o combate ao desmatamento na Amazônia. Lucero lembrou que os últimos dados oficiais mostram que o desmatamento recuou em 16%, o que ainda é considerado pouco, já que mais de 6 mil e seiscentos quilômetros quadrados foram devastados entre 2016 e 2017.
(EVERTON) É claro que o patamar ainda esta longe da meta que propusemos em 2020, queremos baixar mais, mas pelo menos conseguimos fazer com que a curva ascendente que vinha nos últimos anos fosse revertida.
(Rep) De acordo com Reinaldo Salgado, do Ministério de Relações Exteriores, o Brasil vai levar o que tem feito, mas também quer definições sobre como os países vão prestar suas contas em relação à preservação ambiental. O presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, Jorge Viana, do PT do Acre, demonstrou preocupação com um estudo da WWF que mostra a redução gradual do orçamento do Ministério do Meio Ambiente.
(JORGE) Uma posição do Congresso e do Executivo de minguar o orçamento do Ministério do Meio Ambiente é muito grave. O corte é de 500 milhões no orçamento do ministério deste ano para o próximo.
(Rep) O senador Garibaldi Alves Filho, do PMDB do Rio Grande do Norte, afirmou que os efeitos da mudança do Clima já são visíveis em diversas cidades do Brasil e que o assunto é emergencial. Da Radio Senado, Paula Groba.