Hidrovia Paraguai-Paraná poderá integrar o Mercosul e baratear o custo de produção — Rádio Senado
Relações Exteriores

Hidrovia Paraguai-Paraná poderá integrar o Mercosul e baratear o custo de produção

Este é o momento de efetivar a implantação da hidrovia Paraguai-Paraná. A afirmação é do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, que participou de audiência conjunta da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) e do Grupo Parlamentar Brasil-Argentina que discutiu o assunto. Segundo a senadora Ana Amélia (PP – RS), o acordo para a implantação da hidrovia Paraguai-Paraná expira em 2020. Ana Amélia defende empenho para sua implantação.

23/10/2017, 21h50 - ATUALIZADO EM 24/10/2017, 08h54
Duração de áudio: 02:32
Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e o Grupo Parlamentar Brasil-Argentina (Senado Federal/Câmara dos Deputados) realizam audiência pública conjunta com o objetivo de elaborar diagnóstico, identificar gargalos e discutir soluções para viabilidade da hidrovia dos Rios Paraguai/Paraná. 

Em pronunciamento, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários( Antaq), Adalberto Tokarski.

Foto: Roque Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: ESTE É O MOMENTO DE EFETIVAR A IMPLANTAÇÃO DA HIDROVIA PARAGUAI-PARANÁ. LOC: A AFIRMAÇÃO É DO DIRETOR-GERAL DA ANTAQ, A AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS, QUE PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA CONJUNTA DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DO GRUPO PARLAMENTAR BRASIL-ARGENTINA QUE DISCUTIU O ASSUNTO. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES: TÉC: A audiência foi uma iniciativa do presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas, para identificar gargalos que impedem a implantação da hidrovia Paraguai-Paraná. Essa hidrovia vai percorrer 3.442 quilômetros, em cinco países: Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. A Argentina tem interesse no empreendimento, ressaltou o embaixador, Carlos Margariños: (Margariños) “Este é um projeto muito importante para o governo argentino, que tem sido sempre sinalizado pelo presidente Macri como um tema de grande relevância, um tema onde Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia têm que fazer progressos concretos, sobretudo para reduzir o custo unitário do transporte na hidrovia”. (Rep): A hidrovia vai gerar menor custo ao produtor, afirmou Eduardo Ratton, do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná. Só com a produção de soja de Mato Grosso, observou, que é de 30 milhões de toneladas por ano, pode haver uma economia de cinco bilhões de reais. (Ratton) “Que esses entraves, dificuldades, possam ser, na medida do possível, simplificados para que a produção agrícola das commodities de exportações tenham um melhor resultado para o agricultor”. (Rep): A senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, lembrou que o acordo para a implantação da hidrovia Paraguai-Paraná expira em 2020. E defende empenho para sua implantação. (Ana Amélia) “São cinco países envolvidos num grande e ambicioso projeto. Tomara que ele saia do papel porque se não sair do papel, esse acordo vai se esgotar em 2020. Então, é preciso que se tenha um protagonismo mais prático em relação à implementação do projeto”. (Rep): E para o diretor da Antaq, Agência Nacional de Transportes Aquaviários, Adalberto Tokarski, esse é o momento de avançar na implantação da hidrovia. (Tokarski) “Precisamos ser mais arrojados, foi retomado o diálogo, várias reuniões, temos um embaixador extremamente envolvido, o DNIT tem recurso destacado, então, eu acho que o seguinte: nós estamos num bom momento para isso aí”. (Rep): A próxima audiência da Comissão de Relações Exteriores com o Grupo Parlamentar Brasil-Argentina vai discutir questões fitossanitárias entre os países do Mercosul. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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