Brasil registra recorde em número de doadores de órgãos no primeiro semestre de 2017
Transcrição
LOC: BRASIL REGISTRA RECORDE EM NÚMERO DE DOADORES DE ÓRGÃOS NESTE PRIMEIRO SEMESTRE.
LOC: MAS PARA O SENADOR EDUARDO AMORIM, OS BRASILEIROS AINDA PRECISAM CRIAR UMA CULTURA DA DOAÇÃO. REPÓRTER MARINA FERREIRA.
TÉC: O Brasil registrou recorde no número de doadores de órgãos no primeiro semestre de 2017. De acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, até o final de junho foram feitos mais de 12 mil transplantes. Segundo o Ministério, se as doações continuarem nesse ritmo, o país terá um crescimento de vinte e sete por cento no número de cirurgias e, poderá chegar ao maior índice anual desde 2010. Dentre os órgãos mais transplantados estão: córnea, rim, fígado, coração e pulmão. A atendente Maria Vitória Lima, de 21 anos, ao saber que estava perdendo a visão precisou fazer transplante de córnea no ano passado. Ela contou que ficar na fila de espera por oito meses foi agoniante e acredita que essa demora ocorre, principalmente, pela falta de campanha de incentivo à doação de órgãos:
(Maria Vitória): Tem que incentivar, porque muita gente precisa. Porque você só sabe quando você passa. Porque quando você não passa, você não tem noção. Tem que que doar sim com tudo o que tiver, campanha, tudo. Tem que fazer o máximo possível pro povo ver que é uma coisa tão simples que muda tanto.
(Rep): Apesar do recorde no número de transplantes, ainda preocupa é a alta recusa das famílias em autorizar a retirada dos órgãos e tecidos após a confirmação da morte cerebral. O senador Eduardo Amorim, do PSDB de Sergipe, que também é médico, faz um apelo à população.
(Amorim): Seja um doador também. Seja um contribuidor da vida para alguns brasileiros e sobretudo para a qualidade de vida. Quem recebe como doação recebe não só a vida de forma qualificada, devolvida, mas recebe a liberdade também.
(Rep): Um projeto em análise no Senado para facilitar a doação de órgãos foi apresentado pelo senador Ciro Nogueira, do PP piauiense. A proposta obriga os planos de saúde a fazer os exames para comprovação de morte cerebral em no máximo três horas. A rápida confirmação é importante para que a remoção dos órgãos seja feita em menor prazo possível. O projeto está na Comissão de Assuntos Sociais. Da Rádio Senado, Marina Ferreira.
Doação de Órgãos Eduardo Amorim e PLS 21/2014