Brasil encerra missão de paz no Haiti — Rádio Senado
Internacional

Brasil encerra missão de paz no Haiti

O Brasil encerrou esta semana a missão de paz no Haiti, mas não há garantia de que os conflitos no país não voltarão. A opinião é do senador Jorge Viana (PT – AC), vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE). Um dos legados da missão das Nações Unidas foi a formação de uma Polícia Nacional do Haiti. O senador Jorge Viana reconhece que, em termos de pacificação, o ambiente no país progrediu muito. Mas tem dúvidas sobre o que poderá acontecer após a saída das tropas brasileiras.

01/09/2017, 12h56 - ATUALIZADO EM 01/09/2017, 14h30
Duração de áudio: 02:01
fab.gov.br

Transcrição
LOC: O BRASIL ENCERROU ESTA SEMANA A MISSÃO DE PAZ NO HAITI, MAS NÃO HÁ GARANTIA DE QUE OS CONFLITOS NO PAÍS NÃO VOLTARÃO. LOC: A OPINIÃO É DO SENADOR JORGE VIANA, VICE-PRESIDENTE DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL DO SENADO. DETALHES COM O REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) Militares brasileiros lideraram por 13 anos a Missão das Nações Unidas para Manutenção no Haiti, conhecida como Minustah. Ela começou em 2004 para garantir a ordem, após a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide. A missão foi prorrogada em 2010, ano em que um grande terremoto matou mais de 200 mil pessoas, segundo o governo haitiano. Além de estabilizar o país, uma das principais missões dos soldados brasileiros e de outros 18 países que enviaram tropas era o desarmamento de grupos guerrilheiros e rebeldes. Também houve apoio na realização de eleições e na distribuição de alimentos. Para o senador Jorge Viana, do PT do Acre, a participação militar brasileira na missão elevou o Brasil a outro patamar perante a comunidade internacional. (Jorge Viana) Depois dessa missão no Haiti (...) o Brasil vai poder falar com mais autoridade nas Nações Unidas diante das nações mais poderosas do mundo, dizendo – “olha, todo o meu esforço é pela paz” . Um dos legados da missão das Nações Unidas foi a formação de uma Polícia Nacional do Haiti. Jorge Viana reconheceu que, em termos de pacificação, o ambiente no país progrediu muito. Mas tem dúvidas sobre o que poderá acontecer após a saída das tropas brasileiras. (Jorge Viana) Eu fico um pouco receoso de que, com a saída (...) dos soldados brasileiros (...) em missão de paz do Haiti (...), possa dar espaço para ,quem sabe, situações que se agravem, porque não está resolvido o problema de conflito no Haiti. Pelo menos o conflito social. E possa até voltar a violência. Tomara que não. (Repórter) Desde 2004, quando começou a missão de paz, morreram 38 integrantes, sendo 24 militares brasileiros. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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