CPI do BNDES ouve Ministério Público e governo sobre empréstimos ao grupo JBS
Transcrição
LOC: A CPI DO BNDES OUVIU REPRESENTANTES DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DO GOVERNO SOBRE EMPRÉSTIMOS AO GRUPO JBS CONCEDIDOS PELO BANCO.
LOC: UMA DAS OPERAÇÕES MAIS DEBATIDAS FOI A COMPRA DO GRUPO INDEPENDÊNCIA PELA EMPRESA DOS IRMÃOS BATISTA. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
TÉC: A CPI do BNDES ouviu Paulo Bugarin, procurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União e Carlos Borges Teixeira, secretário de controle externo também junto ao TCU, sobre diversos financiamentos concedidos pelo BNDES ao grupo JBS. As compras dos grupos Swift e Independência chamaram a atenção pelos valores. O senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, questionou a atuação do banco em diversas operações com a empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista, especialmente aquelas em que emprestou milhões para empresas quebradas.
(CAIADO) Diz respeito à operação entre o BNDES e o grupo Independência, que após três meses após o aporte do Banco, o frigorífico requereu recuperação judicial. O BNDES já havia aportado o montante de 250 milhões. Tempos depois, esse mesmo grupo Independência foi adquirido pela JBS com recursos do BNDES. Houve uma duplicidade na ajuda à JBS.
(PENNA) Carlos Borges Teixeira, secretário de controle externo, admitiu que, no mínimo, houve um exame falho da documentação apresentada para conseguir os empréstimos:
(TEIXEIRA) A Independência foi um caso, assim, que chamou bastante atenção, porque foi três meses após. Mas nesses casos que a gente comentou o JBS, nós também percebemos, está identificado, tá registrado, que faltou uma análise criteriosa, por parte do BNDES-Par, no tocante de toda aquela documentação contábil financeira.
(PENNA) O senador Sérgio Petecão, do PSD do Acre, apresentou ainda um requerimento para convidar a ex-procuradora-geral da Venezuela, que se encontra no Brasil, para falar sobre uma denúncia envolvendo o governo Maduro, a Odebrecht e o BNDES.
(PETECÃO) Uma denúncia da senhora Luisa Ortega Díaz, que é ex-procuradora da Venezuela. E ele faz uma denúncia que eu acho que é pertinente aqui ao tema que estamos nós discutindo. Ela faz uma acusação onde o presidente da Venezuela, o senhor Maduro, teria recebido propina da Odebrecht e esses recursos, segundo ela, seria oriundo do BNDES.
(PENNA) O requerimento para ouvir Luisa Ortega deve ser votado na próxima reunião da CPI do BNDES, marcada para 30 de agosto. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.