Estudo estima que 60 mil mortes serão causadas pela mudança climática até 2030
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LOC: UM ESTUDO PREVÊ QUE 60 MIL MORTES SERÃO CAUSADAS PELAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM 2030.
LOC: SENADORES COMENTAM A PESQUISA DIVULGADA PELA REVISTA “NATURE CLIMATE CHANGE”, COMO INFORMA A REPÓRTER REBECA LIGABUE (LIGABÍ).
(Repórter) O estudo, feito por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, estima que, em 2030, 60 mil mortes serão causadas pela poluição atmosférica. Em 2100, o número sobe para 260 mil mortes relacionadas aos resíduos no ar. O artigo mostra que, com exceção da África, todas as regiões do mundo terão um aumento nas vítimas fatais dos efeitos globais do clima. A explicação é que a alta das temperaturas acelera as reações químicas que geram os poluentes. Integrante da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas, o senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, lembra a importância da conscientização para tentar interromper esse processo.
(José Agripino) Você está vendo as mudanças climáticas acontecerem no mundo inteiro, as marés, os tsunamis, as secas e as enchentes. Então, o cuidado com o meio ambiente é fundamental porque isso afetará definitivamente a vida de cada um.
(Repórter) O presidente da comissão mista, senador Jorge Viana, do PT do Acre, destaca que o Congresso vai debater as políticas que o País tem adotado para evitar a poluição e o desmatamento.
(Jorge Viana) No caso brasileiro, nós temos um desafio, vamos debater neste segundo semestre, que é o aumento do desmatamento. Nós tínhamos reduzido o desmatamento em 80%, o Brasil estava cumprindo suas metas do acordo do clima, até antecipadamente, mas agora com a retomada do desmatamento, seja na Amazônia ou no Cerrado, isso compromete as metas brasileiras.
(Repórter) O estudo também mostrou que as regiões com clima mais seco podem ter o ar mais poluído, o que ocorre pela falta de chuvas e maior número de incêndios. A probabilidade de aumento da temperatura média, no século 21, entre 2 e 4,9 graus Celsius, é de 90%. Pelos cálculos dos especialistas, resta apenas 1% de chance que seja cumprida a meta estabelecida pelo Acordo de Paris, de conter o aumento da temperatura global abaixo de um grau e meio até 2100.