Serviços públicos brasileiros correm risco de entrar em colapso, avaliam especialistas — Rádio Senado
Comissão Senado do Futuro

Serviços públicos brasileiros correm risco de entrar em colapso, avaliam especialistas

06/07/2017, 20h38 - ATUALIZADO EM 06/07/2017, 20h38
Duração de áudio: 02:21
Comissão Senado do Futuro (CSF) realiza audiência pública para debater a importância do servidor público para o desenvolvimento nacional. 

Mesa:
diretor jurídico do Sindicato dos servidores do Poder Legislativo Federal e do TCU (Sindilegis), Ely Maranhão Filho;
representante da Pública - Central do Servidor, Charles Alcântara;
diretor secretário do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco Nacional), Pedro Egídio A. Oliveira;
presidente da CSF, senador Hélio José (PMDB-DF);
presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), João Domingos Gomes dos Santos;
vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), Paulo Roberto;
coordenador do Sindicato do Servidores Públicos Federais no DF, Oton Pereira Neves.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: OS SERVIÇOS PÚBLICOS BRASILEIROS CORREM O RISCO DE ENTRAR EM COLAPSO. LOC: ESSA FOI A AVALIAÇÃO DOS PARTICIPANTES DE AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO SENADO DO FUTURO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TÉC: A Comissão Senado do Futuro reuniu representantes de diversas entidades ligadas aos servidores públicos para debaterem as recentes propostas de mudanças na legislação do setor. Todos os participantes criticaram as propostas de contratação de servidores sem concurso público, assim como mudanças no regime das aposentadorias. O presidente da comissão, senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal, abriu a audiência fazendo uma defesa dos servidores públicos: (HÉLIO): O serviço público de qualidade, executado por servidores qualificados e comprometidos com a cidadania e com o desenvolvimento, é condição essencial e insubstituível para que o Brasil caminhe à frente, reduza as desigualdades e se torne social e economicamente desenvolvido. Ao contrário do que afirma ideologias neo-liberais, tão querendo utilizar o funcionário público de bode expiatório. (PENNA): Pedro Egídio de Oliveira, diretor do sindicato nacional dos auditores fiscais, ressaltou a importância do trabalho dos servidores públicos da área. E apontou que é esse trabalho que permite a descoberta de grandes sonegadores embora posteriormente sejam criados programas de perdão e parcelamentos: (PAULO): Uma dívida que não está sendo paga por grandes bancos, grandes empresas. Por aqueles contribuintes que sonegaram impostos, mas que foram fiscalizados. E foram autuados. E foram lançados créditos tributários por auditores fiscais. Mas, porém, não são pagos. Pois possivelmente esses empresários estão aguardando o próximo Refis. (PENNA): João Domingos dos Santos, presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, criticou a aprovação da emenda que limitou os gastos públicos e o impacto sobre a contratação de novos servidores que poderiam colaborar para a eficiência do estado: (DOMINGOS): Tudo isso é uma orquestração muito bem engendrada, imposta sobretudo pelo sistema financeiro, mas pelo mercado em geral, exatamente para a destruição do estado. Nós temos de analisar a partir da PEC 241, atualmente emenda constitucional número 95, que é o maior crime de lesa-pátria que já se cometeu nesse país: que é o congelamento do estado por 20 anos, no nível de investimento de 10 anos atrás. (PENNA): A Comissão Senado do Futuro tem como objetivo a discussão de questões estratégicas que interferirão na sociedade brasileira nos próximos anos. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.

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