Reformas trabalhista e da Previdência são criticadas em debate na CDH — Rádio Senado
Audiência pública

Reformas trabalhista e da Previdência são criticadas em debate na CDH

01/06/2017, 19h19 - ATUALIZADO EM 01/06/2017, 19h24
Duração de áudio: 02:02
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública para debater reformas previdenciária e trabalhista, com a participação de representantes das entidades sindicais, associações, confederações e federações dos trabalhadores.

À mesa:
dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha;
 coordenador-adjunto do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clóvis Scherer;
vice-presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS);
secretária de Relações do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Graça Costa;
representante da Força Sindical, Paulo Ferrari.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: AS PROPOSTAS DE REFORMAS TRABALHISTA E DA PREVIDÊNCIA FORAM CRITICADAS DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. LOC: OS CONVIDADOS DENUNCIARAM A PERDA DE DIREITOS QUE OS TRABALHADORES E OS APOSENTADOS SOFRERÃO CASO OS PROJETOS SEJAM APROVADOS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) Representantes de Centrais Sindicais e Sindicatos apontaram que uma série de direitos e proteções sociais podem ser perdidas caso as reformas previdenciária e trabalhista sejam aprovadas. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, autor do requerimento da audiência pública, disse que não há facilidade para aprovação de nenhuma das duas propostas no Congresso: (Paulo Paim) A reforma da Previdência está na Câmara. Lá eles precisam de três quintos, aqueles que querem aprovar essa reforma. E não conseguiram votar ainda no plenário. A reforma trabalhista, como é metade mais um, maioria simples, eles aprovaram na Câmara e não tá fácil aqui no senado. Aqui está taco a taco. Nós perdemos outro dia a votação de um requerimento por dois votinhos. Se nós conseguirmos que mais dois senadores votem do nosso lado, a gente derruba já na Comissão de Economia. (Repórter) Clovis Scherer, do DIEESE, afirmou que se a reforma previdenciária passar, menos da metade dos trabalhadores conseguirá se aposentar com as novas regras: (Clovis Scherer) Essa reforma da previdência tende a excluir milhões de brasileiros da proteção previdenciária. A exigência de 25 anos de como mínimo de contribuição para se obter uma aposentadoria é restrita a menos da metade dos trabalhadores hoje em dia. E outro mecanismo de exclusão é a contribuição individual monetária do trabalhador da agricultura familiar. (Repórter) Luis Carlos Mancha, da Conlutas, afirmou que mais de 90% da população está contra a reforma da previdência e ressaltou que a propaganda governamental pró-reforma não está funcionando: (Luis Carlos Mancha) A propaganda que é feita de que essa reforma seria uma reforma para salvar o país, para salvar a economia, para garantir crescimento, a gente vê que não está pegando entre os trabalhadores e não tá pegando entre a população. (Repórter) Na próxima segunda-feira, a CDH promove outra audiência pública sobre as reformas previdenciária e trabalhista, desta vez com a participação de economistas. PEC 287/2016

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