Reformas trabalhista e da Previdência são criticadas em debate na CDH
Transcrição
LOC: AS PROPOSTAS DE REFORMAS TRABALHISTA E DA PREVIDÊNCIA FORAM CRITICADAS DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS.
LOC: OS CONVIDADOS DENUNCIARAM A PERDA DE DIREITOS QUE OS TRABALHADORES E OS APOSENTADOS SOFRERÃO CASO OS PROJETOS SEJAM APROVADOS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI.
(Repórter) Representantes de Centrais Sindicais e Sindicatos apontaram que uma série de direitos e proteções sociais podem ser perdidas caso as reformas previdenciária e trabalhista sejam aprovadas. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, autor do requerimento da audiência pública, disse que não há facilidade para aprovação de nenhuma das duas propostas no Congresso:
(Paulo Paim) A reforma da Previdência está na Câmara. Lá eles precisam de três quintos, aqueles que querem aprovar essa reforma. E não conseguiram votar ainda no plenário. A reforma trabalhista, como é metade mais um, maioria simples, eles aprovaram na Câmara e não tá fácil aqui no senado. Aqui está taco a taco. Nós perdemos outro dia a votação de um requerimento por dois votinhos. Se nós conseguirmos que mais dois senadores votem do nosso lado, a gente derruba já na Comissão de Economia.
(Repórter) Clovis Scherer, do DIEESE, afirmou que se a reforma previdenciária passar, menos da metade dos trabalhadores conseguirá se aposentar com as novas regras:
(Clovis Scherer) Essa reforma da previdência tende a excluir milhões de brasileiros da proteção previdenciária. A exigência de 25 anos de como mínimo de contribuição para se obter uma aposentadoria é restrita a menos da metade dos trabalhadores hoje em dia. E outro mecanismo de exclusão é a contribuição individual monetária do trabalhador da agricultura familiar.
(Repórter) Luis Carlos Mancha, da Conlutas, afirmou que mais de 90% da população está contra a reforma da previdência e ressaltou que a propaganda governamental pró-reforma não está funcionando:
(Luis Carlos Mancha) A propaganda que é feita de que essa reforma seria uma reforma para salvar o país, para salvar a economia, para garantir crescimento, a gente vê que não está pegando entre os trabalhadores e não tá pegando entre a população.
(Repórter) Na próxima segunda-feira, a CDH promove outra audiência pública sobre as reformas previdenciária e trabalhista, desta vez com a participação de economistas.
PEC 287/2016