Integrantes da CPI da Previdência querem que governo cobre dívidas da empresa JBS com INSS — Rádio Senado
CPI da Previdência

Integrantes da CPI da Previdência querem que governo cobre dívidas da empresa JBS com INSS

Integrantes da CPI da Previdência querem que o governo cobre as dívidas da empresa JBS com o INSS e dizem que as investigações não ficarão prejudicadas com a crise do governo Michel Temer.

O relator da CPI da Previdência, senador Hélio José (PMDB – DF) elogiou a decisão do relator da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados de suspender a votação da proposta (PEC 287/2016) que aumenta a idade mínima e o tempo de contribuição.

22/05/2017, 21h50 - ATUALIZADO EM 23/05/2017, 10h02
Duração de áudio: 02:13
CPI da Previdência (CPIPREV) realiza audiência pública interativa com os convidados dos requerimentos 11, 12, 14, 18 e 20. 

Mesa (E/D): 
professor da Fundação Getúlio Vargas, Kaizô Beltrão; 
relator da CPIPREV, senador Hélio José (PMDB-DF); 
presidente da CPIPREV, senador Paulo Paim (PT-RS).

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: INTEGRANTES DA CPI DA PREVIDÊNCIA QUEREM QUE O GOVERNO COBRE AS DÍVIDAS DA EMPRESA JBS COM O INSS E DIZEM QUE AS INVESTIGAÇÕES NÃO FICARÃO PREJUDICADAS COM A CRISE DO GOVERNO TEMER. LOC: SENADOR ELOGIA DECISÃO DO RELATOR DA REFORMA NA CÂMARA DE SUSPENDER A VOTAÇÃO DA PROPOSTA QUE AUMENTA A IDADE MÍNIMA E O TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN COM A PRODUÇÃO DE RODRIGO RESENDE. TÉC: Ao reafirmar que não há necessidade de mudanças nas regras de aposentadoria, o presidente da CPI da Previdência, senador Paulo Paim do PT gaúcho, cobrou o pagamento das empresas que sonegam o INSS. Em meio às denúncias do empresário Joesley Batista, Paulo Paim lembrou que a JBS deve R$ 2 bilhões à Previdência. (Paim) É o segundo maior devedor. Como é que faz isso? Vamos tirar de novo do trabalhador e deixar que a JBS da vida e tantas outras continuem sonegando, assaltando, roubando o dinheiro da população? REP: O senador José Pimentel do PT do Ceará também criticou o governo por comprar apoio dos prefeitos à Reforma da Previdência, que prevê aumento da idade e do tempo de contribuição. Ele citou a medida provisória que reduz os juros e multas e ainda amplia para 16 anos e meio o prazo para que os municípios quitem seus débitos com o INSS, um perdão de R$ 30 bilhões. (Pimentel) Uma série de prefeitos se apropriou, inclusive, do dinheiro dos trabalhadores, ou seja, descontam do salário dos trabalhadores, mas não repassam para a Previdência. Isso já tinha sido renegociado, é verdade, e agora foi renegociado de novo. E a contrapartida era uma nota de apoio à reforma trabalhista e à Reforma da Previdência. REP: O relator da CPI da Previdência, senador Hélio José do PMDB do Distrito Federal, elogiou a sinceridade do relator da Reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia, de admitir que diante da crise envolvendo Michel Temer não há maneiras de as mudanças serem votadas pelo Plenário. Hélio José destacou que a CPI da Previdência vai aproveitar esse tempo para ouvir mais especialistas que comprovem que não há rombo nas contas do INSS que justifiquem as mudanças nas regras de aposentadoria. (Hélio José) Não é mais possível que se imponha, a milhões de brasileiros, uma visão unilateral sobre o que é melhor para o país. As nossas discordâncias não são obstáculos para que o país avance. REP: A CPI da Previdência ouviu o representante do Tribunal de Contas da União, Fábio Granja; o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ernesto Lozardo; os professores da Unicamp, Eduardo Fagnani; e da Fundação Getúlio Vargas, Kaizô Beltrão; além do especialista em Previdência Social, Luciano Fazio. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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