Senadores defendem renúncia de Temer e convocação de novas eleições
Senadores defenderam em Plenário a renúncia do presidente Michel Temer e a convocação de novas eleições como soluções para a crise. Os parlamentares também pediram a antecipação do julgamento, pelo Tribunal Superior Eleitoral, do processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
Transcrição
LOC: SENADORES DEFENDERAM EM PLENÁRIO A RENÚNCIA DO PRESIDENTE MICHEL TEMER E A CONVOCAÇÃO DE NOVAS ELEIÇÕES COMO SOLUÇÕES PARA A CRISE
LOC: OS PARLAMENTARES TAMBÉM PEDIRAM A ANTECIPAÇÃO DO JULGAMENTO, PELO TSE, DO PROCESSO QUE PEDE A CASSAÇÃO DA CHAPA DILMA-TEMER. REPÓRTER MARCELA DINIZ:
(Repórter) A sessão plenária do Senado foi aberta às 10:12 da manhã pelo senador João Alberto Souza, do PMDB do Maranhão, que cancelou a Ordem do Dia, ou seja, as votações de projetos. Nos discursos, os senadores defenderam a renúncia de Michel Temer e novas eleições como as soluções mais rápidas para evitar que o país mergulhe em uma crise política e econômica ainda maior. Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, foi um dos que defenderam a renúncia:
(Randolfe Rodrigues) Na verdade, o que nós temos no Palácio do Planalto, neste momento, é um cadáver insepulto. A solução mais confortável para a República, para a democracia, neste momento, era a renúncia.
(Repórter) O senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, também defendeu a renúncia de Temer como alternativa ao desgaste de um novo processo de impeachment e pediu que o TSE antecipe o julgamento sobre o processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer:
(Otto Alencar) Está marcado para o dia 06. Do dia 18, hoje, até o dia seis é um século com essa situação que estamos enfrentando agora no Brasil, portanto, esse seria o caminho mais rápido, precisamos tomar decisões rápidas pra resolver rapidamente isso.
(Repórter) Para o senador Lasier Martins, do PSD gaúcho, o julgamento da chapa Dilma-Temer é o meio mais prático de abrir caminho para novas eleições:
(Lasier Martins) Com o julgamento da chapa, uma vez procedente a ação, aí, sim, nós teríamos direito à eleição direta.
(Repórter) O senador Telmário Mota, do PTB de Roraima, e Paulo Paim, gaúcho, defenderam que as eleições sejam gerais, e não só para o cargo de presidente:
(Paulo Paim) O senador Telmário Mota disse “eu tenho mais seis anos. Renuncio meu mandato, se for necessário”. Eu renuncio ao meu, também; mas nós temos que decidir um caminho. Temos que ir para as eleições e discutir um projeto de nação.
(Repórter) O senador Jorge Viana, do PT do Acre, lembrou que a Constituição prevê que, em momentos de crise, seja constituído o Conselho da República:
(Jorge Viana) É uma alternativa. Os artigos 89 e 90 regulam isso, na Constituição. Para ter um fórum pra dar alguma luz que, se somando ao Senado e à Câmara, possa ter um caminho político.
(Repórter) Entre as atribuições do Conselho da República, está a de “tratar de questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas do país”.