Em debate acalorado, ministro da Educação rebate críticas à sua gestão e ataca desempenho dos governos petistas — Rádio Senado
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Em debate acalorado, ministro da Educação rebate críticas à sua gestão e ataca desempenho dos governos petistas

16/05/2017, 17h14 - ATUALIZADO EM 16/05/2017, 17h14
Duração de áudio: 02:37
Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realiza lançamento da Cartilha para Conselheiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Em seguida, o ministro da Educação participa de audiência pública interativa para apresentar as prioridades e diretrizes da pasta até o final de 2018. 

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: EM DEBATE ACALORADO NO SENADO, O MINISTRO DA EDUCAÇÃO REBATEU CRÍTICAS À SUA GESTÃO E ATACOU O DESEMPENHO DOS GOVERNOS PETISTAS. LOC: MENDONÇA FILHO DISSE QUE OS CORTES NOS PROGRAMAS EDUCACIONAIS COMO FIES, PRONATEC E CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS FORAM FEITOS NO PRIMEIRO ANO DO SEGUNDO MANDATO DE DILMA ROUSSEFF. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: O ministro Mendonça Filho usou sua exposição inicial para rebater críticas que vem recebendo desde que assumiu o comando da Educação. As principais delas, sobre redução e suspensão de programas como o Financiamento Estudantil, o Ciência sem Fronteiras e o Pronatec. Ele acusou os governos petistas de deixarem dívidas acumuladas de mais de um bilhão de reais e restos a pagar de mais de 10 bilhões. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, criticou a fala do ministro, por não reconhecer os avanços na era petista, e disse que a limitação do Ciência sem Fronteiras traz prejuízos para os mais pobres. (Humberto Costa) Sua excelência esqueceu de falar que quando se fala dos governos Lula e Dilma, é importante ressaltar que entre 2003 e 2010, nós tivemos um incremento no orçamento da área educacional de mais de 200%. O Ciência sem Fronteiras foi considerado um programa estratégico, porque 26% dos bolsistas eram de origem negra ou parda, 25% eram de famílias com renda até 3 salários mínimos. Mais de 50% com renda até 6 salários mínimos. (Repórter) O ministro respondeu que o Ciência sem Fronteiras foi suspenso em 2015, no primeiro ano do segundo mandato de Dilma Rousseff, e não no governo Temer, mas declarou posição contrária ao programa, que considera caro e de baixo retorno. (Mendonça Filho) Isso pra mim consagra a incompetência, porque você triplicar o orçamento e a educação no Brasil em 13 anos ficar do jeito que ficou. Dois milhões de jovens quase fora do ensino médio, o desempenho de português e matemática pior do que há 20 anos. Eu discordo, esse programa não pode continuar, 3 bilhões e 700 milhões de reais ao custo de mais de 100 mil reais para enviar alunos da classe média brasileira enquanto jovens e crianças no Brasil padecem, na educação básica, de uma educação minimamente de qualidade, pra mim isso é uma inversão de prioridades. (Repórter) O senador Roberto Muniz, do PP da Bahia, adotou um tom conciliador, dizendo que a disputa política não pode se sobrepor à discussão sobre o futuro da educação. (Roberto Muniz) Muitas vezes a gente fica numa briga que é briga de partidos e não dos brasileiros. Quero deixar isso claro porque isso me incomoda muito, não poder chegar aqui e dizer assim: “que bom teve o Pronatec, que bom teve o Ciência sem Fronteiras, que bom existiu o Fies. Agora, como foi ruim gastar mais do que nós tínhamos.” Nós precisamos ter limites. Quais são esses limites? Qual é esse ponto de equilíbrio que pode fazer o Brasil crescer e dar justiça social? (Repórter) Os senadores também questionaram os efeitos da emenda constitucional do limite de gastos sobre a educação. Mendonça Filho disse que, neste ano, não houve redução no orçamento. A oposição mantém a crítica de que os recursos terão que ser disputados com outras áreas.

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