Senadores avaliam o primeiro ano do governo Temer — Rádio Senado
Política

Senadores avaliam o primeiro ano do governo Temer

11/05/2017, 12h35 - ATUALIZADO EM 11/05/2017, 12h35
Duração de áudio: 02:52
Agência Senado

Transcrição
LOC: OS SENADORES ALIADOS DO PRESIDENTE MICHEL TEMER MINIMIZAM A BAIXA APROVAÇÃO POPULAR POR ACREDITAREM QUE RESULTADO DAS MUDANÇAS FEITAS PELO GOVERNO SERÃO SENTIDOS A PARTIR DO ANO QUE VEM. LOC: E OS DA OPOSIÇÃO INSISTEM QUE O AFASTAMENTO DE DILMA ROUSSEFF FOI UM “GOLPE” QUE PROVOCOU RETROCESSO COM A TENTATIVA DE APROVAÇÃO DAS REFORMAS TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Um ano após o afastamento de Dilma Rousseff, em 12 de maio, que resultou no impeachment três meses e meio depois, aliados da petista insistem que o processo foi um golpe. A líder do PT, senadora Gleisi Hoffmann, do Paraná, acusa Michel Temer de ter feito um desmonte do Estado nesses doze meses no Palácio do Planalto. (Gleisi Hoffmann) Muitas mudanças, todas para pior. Vamos começar pelas reformas que estão tramitando aqui. A Reforma Trabalhista que acaba com direito dos trabalhadores e a Reforma da Previdência, que trata pobres e ricos da igual forma. Além disso, já aprovaram a terceirização do trabalho e estão agora reduzindo programas sociais. Estamos agora vivendo um desmonte do estado brasileiro, a economia não recuperou. Lembra que eles diziam que a confiança voltaria, a fada da confiança, pois a confiança não voltou. 14 milhões de desempregados. Eu pergunto. O que melhorou para o povo brasileiro com o golpe que eles deram? Nada. Piorou. (Repórter) O líder do governo, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, cita a queda da inflação como uma das conquistas da atual gestão, além da aprovação do teto de gastos e do fim da exclusividade da Petrobras na exploração do pré-sal. (Romero Jucá) Já houve uma mudança grande no país. A situação há um ano atrás era uma situação de extrema dificuldade. Nós estávamos com uma inflação de mais de 10%, com a taxa de juro de quase 15%, e tudo isso já é passado. O presidente Michel Temer passou a ser presidente permanente só a partir de primeiro de setembro. Em oito meses, se fez uma mudança macroeconômica já bastam substancial, e microeconômico está em andamento, inclusive com reformas estruturantes, o controle dos gastos, o Ensino Médio, a questão da Previdência está sendo discutida e a reforma trabalhista que já passou na Câmara. Você pode agregar isso a questão das concessões e os leilões todos que foram feitos. (Repórter) Mas, ao citar que a aprovação do atual governo é de 10%, segundo as últimas pesquisas, Gleisi Hoffmann contestou os resultados da equipe econômica de Temer. Ela destacou, em especial, a disparada do número de desempregados. (Gleisi Hoffmann) A taxa de inflação porque reduziu? Porque não tem atividade econômica. Se não tem atividade econômica ninguém compra, ninguém consume e não tem inflação. É óbvio que a SELIC tem que cair. Só que reduziram a SELIC nominal. Como a taxa de inflação caiu muito, a diferença entre a taxa SELIC e a inflação, que é o juro real, continua alto. Esse eles não diminuíram. Onde retornou a atividade econômica? Temos 14 milhões de desempregados. Qual é a área da economia brasileira que está respondendo? Ah eu já sei. O mercado financeiro. Esse está bem. O lucro dos bancos continua grande, o lucro de quem investe em título público está grande e o pessoal da especulação está ganhando. É para isso que serve esse governo. (Repórter) Romero Jucá, por sua vez, argumenta que a economia reagirá, inclusive com a geração de empregos, a partir do ano que vem, quando deverão estar em vigor as Reformas da Previdência e Trabalhista. (Romero Jucá) O presidente Temer assumiu tendo que fazer reformas, herdando problemas, crescendo o desemprego ainda, com tudo que o país passou e toda a contestação que tem que fazer e as reformas estruturais que tem que fazer, é claro que não é um governo para ter agora uma aprovação alta. Mas é um governo que está fazendo o que o Brasil precisa. Então, no futuro, com crescimento econômico e crescimento do emprego, eu não tenho medo de dizer que a provação será muito diferente da provação de hoje. E a ideia não é buscar fazer uma política de aprovação de curto prazo, é fazer uma política de recuperação do país. (Repórter) A Reforma Trabalhista, já aprovada na Câmara, está em discussão no Senado. Já a Previdenciária ainda precisa do aval dos deputados para ser analisada pelos senadores.

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