Comissão Senado do Futuro debate crise hídrica do DF — Rádio Senado
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Comissão Senado do Futuro debate crise hídrica do DF

11/05/2017, 21h39 - ATUALIZADO EM 11/05/2017, 21h39
Duração de áudio: 02:03
Foto: Ana Volpe/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CRISE HÍDRICA DO DISTRITO FEDERAL, QUE LEVOU AO RACIONAMENTO DE ÁGUA EM 2017, FOI DEBATIDA NA COMISSÃO SENADO DO FUTURO. LOC: HOUVE QUESTIONAMENTOS, POR EXEMPLO, DO USO DO LAGO PARANOÁ PARA COMBATER A FALTA DE ÁGUA. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. TÉC: A crise hídrica do Distrito Federal foi o tema de audiência pública da Comissão Senado do Futuro. O senador Hélio José, do PMDB do Distrito Federal, criticou a inoperância e as soluções emergenciais que estão sendo adotadas pelo governo distrital já que a capital está com seus reservatórios pela metade, racionando água, e o período da seca está apenas começando: (HÉLIO): Tem mananciais como o córrego do Cortado, Vicente Pires, o córrego de Sobradinho e outros cursos de água de Brasília totalmente assoreados, que precisam ser recuperados. A discussão sobre a questão do Lago Paranoá. Eu não concebo tirar agua do Paranoá para poder atender a população do Distrito Federal. Para mim, é um projeto equivocado, que pode causar sérios problemas para o Distrito Federal. (PENNA): Raquel Brostel, assessora de Meio Ambiente da Companhia de Águas e Esgotos do Distrito Federal, a CAESB, defendeu as obras feitas para captar águas dos diversos lagos da região: (RAQUEL): Nós temos de buscar água cada vez mais longe. Então nós precisamos de contar aí com os nossos lagos, né? Nós temos aí o descoberto, o Santa maria, o Paranoá, que é o nosso futuro manancial de abastecimento, já previsto há seis anos. (PENNA): Já o professor da Universidade de Brasília, Carlos Henrique Ribeiro Lima, da área de Meio Ambiente e Hidrologia, frisou que o asfaltamento, a concretagem dos solos e a emissão de gases dos veículos do Distrito Federal têm uma parcela de responsabilidade na modificação do clima, com a formação de ilhas de calor que desviam e bloqueiam chuvas: (Lima): O aumento da temperatura aqui em Brasilia, justamente em virtude da ilha de calor, que tem formado aqui. A umidade relativa tem caído, a gente tem séries históricas que mostram isso, em função desse aumento da temperatura. O ano de 2016 foi o mais quente que você tem entre os dados registrados. 2015 tinha sido o mais quente, antes. Temperatura de 2014 para 2016 aumentou dois graus, temperatura máxima! (PENNA): A região Centro-Oeste passa tradicionalmente por secas entre os meses de maio e outubro. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.

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