ONU pede ao Congresso a ratificação da Emenda Doha de redução do efeito estufa — Rádio Senado
Meio Ambiente

ONU pede ao Congresso a ratificação da Emenda Doha de redução do efeito estufa

05/04/2017, 20h31 - ATUALIZADO EM 05/04/2017, 21h06
Duração de áudio: 02:05
Roque Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: A SECRETÁRIA EXECUTIVA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS, PATRÍCIA ESPINOSA, PEDIU AO CONGRESSO NACIONAL A RATIFICAÇÃO DA EMENDA DE DOHA AO PROTOCOLO DE KYOTO. LOC: A EMENDA PREVÊ METAS DE REDUÇÃO DOS GASES DO EFEITO ESTUFA PARA O PERÍODO ENTRE 2013 E 2020, QUANDO COMEÇAM A VIGORAR OS LIMITES ESTABELECIDOS PELO ACORDO DE PARIS. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: Aprovada em 2012, no Catar, a emenda de Doha preenche um hiato que existe entre o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris. O protocolo previu metas para a redução dos gases do efeito estufa para o período de 2008 a 2012. O Acordo de Paris ampliou essas metas que deverão ser atingidas a partir de 2020. O intervalo entre 2013 e 2020 é completado pela emenda de Doha. Por isso, a secretária sobre mudanças climáticas da ONU, Patricia Espinosa, cobrou a ratificação da emenda pelo Brasil: (PATRICIA ESPINOSA): Para que os senhores considerem a ratificação da emenda de Doha como um passo importante, um passo que realmente vai impactar de forma essencial em nível global e vai permitir que avancemos, não somente no Brasil, mas também em muitos países. Então, eu respeitosamente reitero esse convite. (Repórter): O subsecretário de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador José Antônio Marcondes, defendeu a adesão do Brasil à emenda de Doha: (JOSÉ ANTÔNIO MARCONDES DE CARVALHO): Faltam muitas ratificações de vários países, mas eu acho que o impulso que o Brasil dará servirá ao melhor interesse brasileiro no sentido de estimularmos, acelerarmos, ações ainda pré 2020, quando as ações do acordo de Paris começarão a ter aplicação, e podermos justamente em linha de coerência com todo o trabalho que vem sendo realizado. (Repórter): E o presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, senador Jorge Viana, do PT do Acre, lamentou o aumento do desmatamento na região amazônica, o que, segundo ele, pode comprometer a redução do efeito estufa: (JORGE VIANA ): se não tiver uma política de valorização da floresta com um ativo econômico, que tem que ser manejado, tem que ser valorizado e tem que ser parte da economia, a floresta vai continuar sendo um empecilho, um problema, para outras atividades, e essa marcha da insensatez ela é mortal para o descumprimento dos compromissos que assumimos. (MAURÍCIO): O projeto de Decreto Legislativo que aprova a adesão do Brasil à emenda de Doha está em análise na Câmara dos Deputados. E ainda terá que passar pelo Senado.

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