Ministério da Educação garante que serão mantidos auxílios a estudantes cotistas em universidades — Rádio Senado
CDH

Ministério da Educação garante que serão mantidos auxílios a estudantes cotistas em universidades

03/04/2017, 13h08 - ATUALIZADO EM 03/04/2017, 13h08
Duração de áudio: 02:30
Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realiza audiência pública interativa sobre cotas nas universidades. Entre os convidados, representantes do MEC e do Movimento Negro Unificado do Rio de Janeiro.
 
Mesa:
professor, reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL/RS), Pedro Curi Hallal;
representante do Movimento Negro Unificado do Rio de Janeiro, Marcelino Conti de Souza;
presidente da CDH, senadora Regina Sousa (PT-PI);
diretor executivo da Educafro (Educação e Cidadania de Afro-descendentes e Carentes), Frei David Santos;
professor, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO GARANTE QUE HÁ RECURSOS E QUE SERÃO MANTIDOS OS PROGRAMAS DE AUXÍLIO AOS ESTUDANTES DO SISTEMA DE COTAS EM UNIVERSIDADES. LOC: AS DIFICULDADES ENFRENTADAS POR ESSES ESTUDANTES PARA CONTINUAR OS ESTUDOS FORAM DISCUTIDOS EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: (Repórter) A principal reivindicação dos estudantes beneficiados pelas cotas nas universidades públicas é a garantia de que possam estudar com tranquilidade. Marcelino Conti, representante do Movimento Negro Unificado, disse que políticas públicas, como a de cotas, reconhecem as desigualdades, mas não oferecem instrumentos adequados para que sejam eficientes. (Marcelino Conti) “Eu não posso simplesmente colocar uma regra e dizer assim: quem correr mais, chega, aquele que se capacitar mais chega. Quando eu amarro na perna dessa pessoa uma bola de ferro e mando ela correr”. (Repórter) Os jovens têm dificuldade de frequentar as aulas por falta de condições de transporte, alimentação e moradia, ressaltou o estudante Jonas Valério dos Santos, cotista da Universidade Federal de Santa Catarina. (Jonas Valério dos Santos,) “Desde o acesso à bolsa estudantil, é totalmente esquecido e deixado de lado o contexto do jovem brasileiro negro ou negra. As condições de permanência se tornam uma luta a ser travada diariamente. Nós estamos entrando pela porta da frente e saindo pela porta dos fundos”. (Repórter) O representante do Ministério da Educação, Vicente de Paula Almeida Junior, informou que o ministério vai destinar, em 2017, quase um bilhão de reais para o Programa Nacional de Assistência ao estudante e 146 milhões para o Bolsa Permanência. Esses são programas, explicou, que acolhem, assistem e garantem a permanência do estudante cotista na universidade. (Vicente de Paula Almeida Junior) “Estou bastante confortável em dizer que o Orçamento vai garantir os auxílios e as bolsas para todos os estudantes, conforme o Ministério da Educação vem monitorando e acompanhando”. (Repórter) Para evitar evasão e que os recursos sejam desviados, Frei David Santos, representante do Educafro, defende a renovação automática da Bolsa Permanência aos jovens de baixa renda e a simplificação do processo. Na avaliação da presidente da CDH, senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, a política de cotas contribuiu para diminuir as desigualdades sociais. ( Regina Sousa) “Que toda a população brasileira perceba, sinta, a necessidade da existência, da continuidade, da política de cotas nesse país, que foi, sem dúvida, um instrumento de promoção de igualdade”. Iara): Também participaram da audiência reitores de universidades federais e representante do Ministério Público.

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