Comissão de Mudanças Climáticas vai analisar decisão dos EUA de liberar exploração de carvão mineral — Rádio Senado
Meio Ambiente

Comissão de Mudanças Climáticas vai analisar decisão dos EUA de liberar exploração de carvão mineral

A Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) vai analisar, na próxima quarta-feira (5), a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de liberar a exploração de carvão mineral. A expectativa é sobre os impactos no acordo assinado em Paris para a redução dos gases do efeito estufa. O senador Jorge Viana (PT – AC) acredita que a ciência e a experiência de outros países vão comprovar que a visão do presidente norte-americano está equivocada.

31/03/2017, 14h05 - ATUALIZADO EM 31/03/2017, 16h29
Duração de áudio: 01:29
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO MISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS VAI ANALISAR, NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA, A DECISÃO DOS ESTADOS UNIDOS DE LIBERAR A EXPLORAÇÃO DE CARVÃO MINERAL. LOC. A EXPECTATIVA É SOBRE OS IMPACTOS NO ACORDO ASSINADO EM PARIS PARA A REDUÇÃO DOS GASES DO EFEITO ESTUFA. A REPORTAGEM É DE ANA BEATRIZ SANTOS: (Repórter) O presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, senador Jorge Viana, do PT do Acre, quer discutir como fica o acordo mundial do clima, diante da decisão do presidente dos Estados Unidos Donald Trump de liberar a exploração de carvão nas terras do governo. Para o senador, a decisão sinaliza o rompimento do compromisso norte-americano com a redução de emissões de gases do efeito estufa, assumido pelo ex-presidente Barack Obama na Conferência de Paris. Segundo a imprensa internacional, Donald Trump argumenta que a redução do uso de fontes de energia fósseis, como o carvão e o petróleo, vai causar prejuízos para a economia do país. Jorge Viana acredita que a ciência e a experiência de outros países vão comprovar que a visão do presidente norte-americano está equivocada (Jorge Viana) Ledo engano. Qualquer um que se debruce a estudar sabe que o Acordo do Clima, que a busca do desenvolvimento sustentável, as mudanças nas matrizes de energia e transporte são não uma obrigação, mas uma oportunidade. É uma oportunidade que os países têm de ganhar mais dinheiro, gerar mais emprego, com inovação. (Repórter) Jorge Viana lembrou que mesmo com os esforços de países signatários dos acordos, o processo de mudança climática está em curso, com eventos climáticos intensos, como secas prolongadas, enchentes, invernos rigorosos e verões mais intensos. O compromisso assumido pelos países do Tratado do Clima de Paris foi de reduzir a emissão de gases do efeito estufa e limitar o aumento da temperatura em dois graus Celsius até o fim do século. Segundo Dados das Nações Unidas, os estados Unidos é o segundo país que mais emite gases poluentes no mundo. O primeiro é a China.

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