Direitos e presença feminina em cargos de liderança serão abordados em propostas — Rádio Senado
Mulher

Direitos e presença feminina em cargos de liderança serão abordados em propostas

17/03/2017, 13h26 - ATUALIZADO EM 17/03/2017, 13h29
Duração de áudio: 02:02
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária.
 
Em discurso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: NO MÊS DAS MULHERES, PROPOSTAS E REIVINDICAÇÕES NO SENADO PRETENDEM REFORÇAR OS DIREITOS E A PRESENÇA FEMININA EM CARGOS DE LIDERANÇA. LOC: PARLAMENTARES DEFENDEM IGUALDADE SALARIAL E MAIS ESPAÇO DE DECISÃO POLÍTICA. REPÓRTER REBECA LIGABUE (LIGABÍ). TÉC () Uma das propostas prevê alteração na Constituição para reservar às mulheres pelo menos uma vaga na Comissão Diretora da Câmara, do Senado, das assembleias e das câmaras municipais. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, atualmente as mulheres representam 53% do total de eleitores brasileiros, mas ainda ocupam poucas vagas nos cargos eletivos. No Senado, por exemplo, dos 81 parlamentares, 13 são mulheres e nenhuma compõe a Mesa da Casa. A senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, é uma das que assinam a PEC. Para ela, é inaceitável que os partidos ainda não tenham percebido a necessidade de espaço de decisão política para as mulheres. (Regina Sousa) Nenhuma mulher na Mesa do Senado, isso é inconcebível, claro que são os partidos que indicam, mas tinha que ter dito um acordo. É realmente essa concepção ainda que inconsciente que a liderança, a chefia é para os homens. (REP) Outra proposta é a que muda a Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, para aplicar multa ao empregador que pagar salários menores às mulheres, quando elas desempenharem as mesmas funções que os homens na mesma empresa. O autor do projeto, senador Benedito de Lira, do PP de Alagoas, explicou que a multa seria equivalente a doze vezes o salário da trabalhadora. (Benedito de Lira) É certo que as diferenças salariais são próprias do regime capitalista, desde que sejam adotados apenas critérios econômicos, como produtividade, qualidade e eficiência, por exemplo, e não critérios discriminatórios, como vêm acontecendo com as mulheres do nosso país. (REP) A senadora Rose de Freitas, do PMDB do Espírito Santo, também defendeu que homens e mulheres sejam tratados com igualdade no mercado de trabalho. Uma pesquisa da empresa Catho divulgada neste mês mostra que a diferença do salário pago a mulheres em relação aos homens chega a 62% e atinge todos os cargos.

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