Falta de consenso impede votação do pedido de urgência para projeto que regulamenta direito de greve no serviço público — Rádio Senado
Votações

Falta de consenso impede votação do pedido de urgência para projeto que regulamenta direito de greve no serviço público

15/03/2017, 20h49 - ATUALIZADO EM 15/03/2017, 20h49
Duração de áudio: 02:28
Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: FALTA DE CONSENSO IMPEDE VOTAÇÃO DO PEDIDO DE URGÊNCIA PARA O PROJETO QUE REGULAMENTA O DIREITO DE GREVE NO SERVIÇO PÚBLICO. LOC: UMA NOVA TENTATIVA DEVE SER FEITA NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA, DIA 21. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: TÉC: A tentativa de dar urgência ao projeto gerou muita divergência no plenário do Senado. Entre outros pontos, a proposta diz que a paralisação só poderá ser iniciada após a negativa do governo em atender às reivindicações e aprovação em assembleia. A matéria também determina os percentuais mínimos de servidores que devem continuar trabalhando, entre 50 e 80 por cento, dependendo da área. O senador Randolfe Rodrigues, da Rede Sustentabilidade do Amapá, disse que a urgência é uma retaliação aos servidores que se manifestaram em todo o país contra as reformas trabalhista e da previdência: (RANDOLFE RODRIGUES): No dia em que os servidores públicos, que os trabalhadores de todo o país, estão paralisados contra o governo do senhor Michel Temer, o governo tentar impor uma matéria aqui no Congresso Nacional, aqui no Senado, é exatamente para fazer a regulamentação do direito de greve dos servidores públicos sem nenhum tipo de discussão. (MAURÍCIO): O senador de Alagoas, Renan Calheiros, líder do PMDB, mesmo partido de Michel Temer, também considerou o momento inadequado: (RENAN CALHEIROS): O Brasil todo está nas ruas. Nós votarmos exatamente hoje a urgência para essa matéria é um preço que nós não podemos pagar. Não podemos pagar. É fora do tempo. É extemporâneo. (MAURÍCIO): Já o senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, defendeu a regulamentação do direito de greve: (FERNANDO BEZERRA): É preciso equilibrar o direito legítimo de poder defender os seus interesses, aquilo que é de direito do servidor, e o interesse maior da coletividade para que mesmo nos movimentos reivindicatórios não se prejudique, não se leve a prejuízo, o direito coletivo da sociedade brasileira. (MAURÍCIO): E o líder do governo no Senado, Romero Jucá, do PMDB de Roraima, pediu que a discussão seja feita em conjunto com uma proposta relatada por ele na Comissão Mista de Consolidação da Legislação Federal e discutida com os representantes dos sindicatos: (ROMERO JUCÁ): Ele cria a mesa de negociação, ele cria prazos, ele cria categorias que em tese não vão poder fazer greve, outras que poderão fazer comunicando determinado prazo, libera a representação sindical do servidor público, que não tem hoje, então, tem avanços importantes para a sociedade, para o governo e para os sindicatos. (MAURÍCIO): Os líderes vão se reunir na próxima terça-feira para tentar chegar a um acordo sobre essa proposta. Da Rádio Senado, Maurício de Santi. PLS 710/2011

Ao vivo
00:0000:00