Senado entrega Diploma Bertha Lutz a mulheres que se destacaram na luta pela igualdade de gênero no Brasil — Rádio Senado
Dia Internacional da Mulher

Senado entrega Diploma Bertha Lutz a mulheres que se destacaram na luta pela igualdade de gênero no Brasil

08/03/2017, 15h52 - ATUALIZADO EM 08/03/2017, 15h52
Duração de áudio: 02:32
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: O SENADO ENTREGOU NESTA QUARTA-FEIRA O DIPLOMA BERTHA LUTZ A CINCO MULHERES QUE SE DESTACARAM NA LUTA PELA IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES NO BRASIL. LOC: A PREMIAÇÃO FAZ PARTE DAS COMEMORAÇÕES PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: O Diploma Bertha Lutz é distribuído pelo Senado desde 2002 a personalidades que se destacaram na defesa dos direitos das mulheres e questões de gênero no Brasil. Apenas um homem foi agraciado em 16 edições do prêmio, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Melo. Neste ano, as escolhidas foram a policial militar Denice Santiago Santos do Rosário, comandante da Ronda Maria da Penha, em Salvador, uma guarnição voltada para prevenir a violência contra a mulher; Diza Gonzaga, que após perder seu filho de 18 anos em um acidente de transito em Porto Alegre criou uma Fundação que atua em ações de prevenção à violência no trânsito; Raimunda Luzia de Brito, do projeto Coletivo de Mulheres Negras de Mato Grosso do Sul; Tati Bernardi, jornalista, romancista, cronista e roteirista de novelas e filmes e Isabel Cristina de Azevedo, embaixadora do Brasil junto à República da Sérvia e, cumulativamente, Montenegro. Isabel disse que, particularmente para ela, o prêmio tem um significado especial, já que Bertha Lutz também atuou como diplomata. (ISABEL): E pelo fato de eu ser afrodescente acho que esse prêmio quebra estereótipos, de modo que espero que isso abra, inspire outras jovens afrodescendentes a seguir na carreira diplomática ou outras de mesmo nível de complexidade. (REP): Outra agraciada, Raimunda Luzia de Brito, também destacou a importância de mostrar que as mulheres têm condições de exercer qualquer tipo de função. (RAIMUNDA): Tem que começar na escola a ensinar pra menina o que é mulher, o que mulher faz, porque devemos fazer, pra menina crescer e saber que tem que votar em mulher, porque senão vamos sempre ficar batendo que mulher não vota em mulher e a gente não tem voto. (REP): O nome de Bertha Lutz foi escolhido por causa do pioneirismo da bióloga, professora e política na luta pela afirmação da mulher brasileira no plano econômico, político e social. Ela foi uma das principais defensoras do voto feminino no país já na década de 20, direito que só foi reconhecido em 1932. Em 36, Bertha, que era filha do cientista Adolfo Lutz, foi eleita para um mandato de deputada federal. Como diplomata, é considerada uma das responsáveis pela inclusão, na Carta das Nações Unidas, em 1945, de artigo que proíbe restrições quanto à elegibilidade de homens e mulheres destinados a participar em qualquer caráter e em condições de igualdade nos órgãos principais e subsidiários da ONU. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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