Pesquisa aponta que cinco em cada dez brasileiros deixaram de pagar uma conta em 2016

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LOC: CINCO EM CADA DEZ BRASILEIROS DEIXARAM DE PAGAR UMA CONTA EM 2016. É O QUE REVELA UMA PESQUISA DIVULGADA PELO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. LOC: O ENDIVIDAMENTO DA POPULAÇÃO PREOCUPA OS SENADORES, QUE JÁ DISCUTIRAM O ASSUNTO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA E APROVARAM PROJETOS PARA PROTEGER OS CONSUMIDORES. REPÓRTER GEORGE CARDIM. Téc: A pesquisa revela que quarenta e seis por cento dos brasileiros atrasaram ou deixaram de pagar alguma conta no ano passado. As prestações e boletos mais comprometidos foram o cartão de crédito, conta de luz e de internet. O levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC, e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas também revela que 65% dos endividados estão negativados, ou seja, com o nome sujo em órgãos de proteção ao crédito, como Serasa e SPC. O problema afeta principalmente as classes C, D e E. O endividamento da população preocupa os senadores, que já discutiram o assunto em audiências públicas e aprovaram projetos para tentar minimizar o problema. O senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, acha preocupante que quase metade das famílias esteja com dívidas atrasadas. (José Agripino) “Isso vai remeter à inadimplência de pessoas que foram orientadas ou estimuladas a tomar dinheiro emprestado para comprar. O que precisavam e o que não precisavam” (Repórter) Os senadores também aprovaram um projeto que atualiza o Código de Defesa do Consumidor. Entre outros pontos, o texto busca combater o superendividamento e proíbe a oferta de empréstimos e financiamentos usando expressões como “sem juros”, “taxa zero” e “crédito para negativados”. A cobrança judicial de dívidas deve ser antecedida por uma fase de conciliação, com o apoio do Ministério Público, da Defensoria Pública e dos Procons. O relator da proposta, senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo, explicou que a financeira ou o banco terá que reduzir a dívida, se comprovado que fez negócio sabendo do endividamento do cliente. (Ferraço) “Se você empresta um dinheiro sem considerar naquele momento a condição de quem tomou o dinheiro, você está emprestando de forma irresponsável. Então, o seu direito, quando você for discutir, não é absoluto, passa a ser relativo. (Repórter) O projeto já aprovado no plenário do Senado está em análise na Câmara dos Deputados. PLS 283/2012