Sem policiamento nas ruas, Espírito Santo vive uma onda de violência que atinge 14 cidades — Rádio Senado
Violência

Sem policiamento nas ruas, Espírito Santo vive uma onda de violência que atinge 14 cidades

07/02/2017, 10h15 - ATUALIZADO EM 06/06/2024, 09h57
Duração de áudio: 02:08

Transcrição
LOC: SEM POLICIAMENTO NAS RUAS, O ESPÍRITO SANTO VIVE UMA ONDA DE VIOLÊNCIA, QUE ATINGE 14 CIDADES. LOC: SENADORES DO ESTADO RELATAM QUE OS CRIMINOSOS ARROMBARAM E SAQUEARAM LOJAS, REALIZARAM ARRASTÃO, QUEIMARAM ÔNIBUS E DEIXARAM UM RASTRO DE MAIS DE 60 ASSASSINATOS EM TRÊS DIAS. MAIS INFORMAÇÕES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: (Repórter) O caos se instalou no Espírito Santo desde a madrugada de sábado, dia 4 de fevereiro, quando os policiais militares não saíram às ruas para o policiamento. Uma vez que os próprios PMs são proibidos de fazer greve, seus familiares iniciaram manifestação por melhores salários e condições de trabalho para a categoria. Os manifestantes ocuparam os batalhões e impedem a saída das viaturas. A Justiça considerou o movimento ilegal. A senadora Rose de Freitas, do PMDB do Espírito Santo, relatou que a situação está muito complicada, mas ponderou que a categoria reivindica melhores condições de trabalho há sete anos. Muitas vezes, ressaltou a senadora, para realizar operações, os policiais pagam de seu bolso as despesas de alimentação e transporte. (Rose de Freitas) “Foi terrível, terrível. Coisas que os olhos da gente não estavam, nem de perto, acostumados a ver. Agora, a Força Nacional está aqui. Eu acho que o movimento, realmente, prejudicou muito a população, mas tem que olhar os dois lados dela. A segurança pública do nosso estado está nas mãos de quem não está contente com ela”. (Repórter) Também representante do Espírito Santo, o senador Ricardo Ferraço, do PSDB, definiu como grave e delicada a situação no estado. (Ricardo Ferrraço) “Há um ambiente ainda de muita intimidação. Ainda estamos com os serviços públicos funcionando de forma restrita. Mas com grande confiança de que nós possamos superar todo esse impasse com a Polícia Militar e a Polícia Militar possa retomar o seu papel de guardiã da ordem e da lei. Que possamos trabalhar de forma integrada para superar essa gravíssima crise que vivemos”. (Repórter) Os senadores contaram que desde esta segunda-feira, dia 6 de fevereiro, o Exército patrulha as ruas para conter a onda de violência. E ainda devem chegar reforços. O comando da Polícia Militar do Espírito Santo foi substituído e o governo do estado começa as negociações com a categoria.

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