2016 foi o ano mais quente desde 1880 e o terceiro ano consecutivo com quebra do recorde de temperatura — Rádio Senado
Mudanças Climáticas

2016 foi o ano mais quente desde 1880 e o terceiro ano consecutivo com quebra do recorde de temperatura

19/01/2017, 13h41 - ATUALIZADO EM 19/01/2017, 13h41
Duração de áudio: 02:28
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Transcrição
LOC: 2016 FOI O ANO MAIS QUENTE DESDE 1880 E O TERCEIRO ANO CONSECUTIVO COM QUEBRA DO RECORDE DE TEMPERATURA. LOC: OS DADOS, DIVULGADOS POR DUAS AGÊNCIAS NORTE AMERICANAS, MOSTRAM A IMPORTÂNCIA DA ADOÇÃO DE MEDIDAS URGENTES PARA FREAR O AQUECIMENTO GLOBAL, COMO AS QUE O BRASIL APRESENTOU DURANTE A CONFERÊNCIA DO CLIMA DE 2016, A COP22. REPÓRTER MARCELA DINIZ: TÉC: De acordo com a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, 2016 foi o ano mais quente desde o início da coleta desse tipo de dados, em 1880; e o terceiro ano consecutivo com quebra de recordes de calor no planeta. A temperatura média global foi 0,94 grau celsius maior do que a registrada no século XX, de 13,9 graus. Fenômenos como o El Niño, que aumenta as temperaturas no Oceano Pacífico, e as emissões de gases do efeito estufa pela atividade humana são fatores determinantes para esse resultado. De acordo com a Agência Espacial norte-americana, NASA, a média de 2016 foi 0,99 grau Celsius, número ainda mais preocupante e que obriga os países a acelerar a adoção de medidas anti-aquecimento global. Em 2016, o tema central da Conferência do Clima, em Marrocos, foi a implementação do Acordo de Paris. Ratificado por 110 países, incluindo Brasil, Estados Unidos e China, o Acordo trata da redução das emissões de carbono para manter o aquecimento global abaixo dos dois graus centígrados. O relator da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas, senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, integrou a comitiva brasileira e afirmou que o país precisa alocar recursos e desenvolver mecanismos para alcançar suas metas ambientais e de desenvolvimento sustentável: (FB Coelho) Biodiesel, etanol, no sentido de reduzir as emissões no setor de transporte. Nós temos uma meta de chegarmos a 2030 com desmatamento zero e estamos com uma meta ambiciosa da recuperação de áreas de pastagens degradadas, são mais de 15 milhões de hectares; e também a necessidade de plantar mais de 12 milhões de florestas no Brasil nos próximos 12, 13 anos; para que o Brasil possa, de fato cumprir com seu dever de casa e ajudar a ter um mundo livre da ameaça da elevação da temperatura acima dos dois graus, até 2050. (REP) A divulgação dos dados das agências norte-americanas sobre a terceira quebra consecutiva de recorde na temperatura global aconteceu às vésperas da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Há incertezas sobre o futuro das pesquisas do país nessa área, já que, em 2012, o republicano chegou a declarar que o aquecimento do planeta não era um fato real. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

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