Senadores avaliam desafios do novo secretário-geral da ONU

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LOC: NEGOCIAR A PAZ E AUXILIAR NAS CRISES HUMANITÁRIAS QUE ASSOLAM VÁRIAS PARTES DO PLANETA SÃO DOIS DOS PRINCIPAIS DESAFIOS DE ANTONIO GUTERRES, O NOVO SECRETÁRIO GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS. LOC: NA AVALIAÇÃO DE SENADORES BRASILEIROS NÃO SERÁ FÁCIL ENFRENTAR AS DIFICULDADES ATUAIS. REPÓRTER FLORIANO FILHO. TÉC: O ex- primeiro ministro português Antônio Guterres assumiu no primeiro dia do ano o cargo de secretário geral da Organização das Nações Unidas. De 2005 a 2015, ele chefiou o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, o ACNUR. Durante o período fez várias reformas para melhorar o funcionamento do órgão. Mas o mundo continua a enfrentar sua pior crise humanitária, pelo menos desde a segunda guerra mundial. O principal motivo são conflitos de grandes proporções, especialmente na África e na Ásia. Entre eles, as guerras civis da Síria e da Líbia, o Estado Islâmico no Iraque, a crise da Coreia do Norte, os talibãs no Afeganistão e as tensões no mar da China. Durante seu primeiro discurso no Conselho de Segurança da ONU, Guterres afirmou que a busca da paz e a ajuda para equacionar as crises humanitárias serão seus grandes desafios à frente do órgão. Quando ainda era alto comissário, ele já havia destacado a dificuldade da situação. (Guterres) Há que reconhecer com humildade que nós humanitários não resolvemos o problema. Nós mitigamos o problema. O problema só tem uma solução, que é política. E esta solução só o Conselho de Segurança pode criar as condições para que ela se concretize. (REP) Em 2011, Antonio Guterres debateu na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado brasileiro sobre os conflitos e a questão dos refugiados. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, participou do debate. Ele reconheceu os méritos de Guterres, mas afirmou que a situação atual impõe muitos desafios. (Paim) O Antônio Guterres (...) é um homem de diálogo, (...) de conhecimento, (...) sensível. Ele está preparado para esta função como secretário-geral da ONU com certeza. Agora, sabemos nós (...) que é um dos piores momentos da história. Eu (...) nunca vi (...) uma situação de tal gravidade em matéria de faltas de políticas humanitárias. (REP) O novo secretário geral das Nações Unidas fez um apelo para que 2017 seja um ano dedicado à paz. E prometeu aumentar a diplomacia para a prevenção de conflitos. Da Rádio Senado, Floriano Filho.