CGU aponta que 13% das ambulâncias do Samu estão quebradas

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LOC: LEVANTAMENTO DA CGU APONTA QUE TREZE POR CENTO DAS AMBULÂNCIAS DO PAÍS NÃO ESTÃO EM CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO. LOC: EM NOVEMBRO, A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS OUVIU OS TRABALHADORES DE AMBULÂNCIAS EM UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O ATENDIMENTO DE URGÊNCIA. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) Treze por cento das ambulâncias do Samu não tinham condições de funcionamento entre 2013 e 2015 em todos os estados e no Distrito Federal. Essa é a conclusão de uma auditoria feita pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, a CGU, que também apontou problemas em 46% da frota de motolâncias, motocicletas utilizadas para prestar atendimentos de emergência em locais onde o trânsito é muito intenso ou em áreas de difícil acesso. Em novembro, a Comissão de Direitos Humanos do Senado promoveu uma audiência pública com o tema: “Ambulância: vida ou morte?”. Na ocasião, o representante do ministério da Saúde, Luiz Edgar Tolini, disse que o governo federal já estava providenciando a troca da frota, mas o gasto seria feito de forma escalonada: (Luiz Edgar Tolini) Renovação de frota, vão ser feitas mais 340. Ah, mas é muito pouco, são só 10% da frota. É verdade, certo? Mas já assinei para mais 800 no ano que vem. Vamos conseguir entregar todas? Não sabemos. Mas pelo menos no mínimo esse mesmo quantitativo o ano que vem vai ser renovado. (Repórter) O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Ambulâncias, Alex Douglas, disse que as péssimas condições de trabalho desses funcionários, muitas vezes com jornadas exaustivas, levam a prestação de um serviço precário, em veículos sucateados: (Alex Douglas) “O trabalhador morrendo no serviço e dos pacientes morrendo em ambulância, porque as ambulâncias estão em más condições. O pessoal pensa que está transportando gado, transportando qualquer coisa dentro da ambulância, e não é isso. A gente quer respeito não só conosco, mas com o povo brasileiro, que precisa do serviço de ambulância, e precisa de um serviço digno. (Repórter) O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, disse temer que a situação se agrave com o congelamento dos investimentos no setor. (Paulo Paim) Se o orçamento atual não atende nem sequer as ambulâncias, calculem daqui a 20 anos, como eles querem que congele, quando nós não seremos 210 milhões.” (Repórter) O levantamento da CGU também identificou um prejuízo de 922 mil reais devido a falhas no controle interno do Ministério da Saúde, que não pôde comprovar a execução de serviços de manutenção das ambulâncias já pagos pela pasta.