Proposta de Reforma da Previdência foi alvo de críticas em seminário promovido pela CDH em parceria com a ANFIP

Transcrição
LOC: A PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA FOI ALVO DE CRÍTICAS EM SEMINÁRIO INTERNACIONAL PROMOVIDO PELA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO EM PARCERIA COM A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE AUDITORES FISCAIS DA RECEITA FEDERAL - ANFIP.
LOC: A IDADE MÍNIMA DE 65 ANOS PARA HOMENS E MULHERES DA CIDADE E DO CAMPO FOI UM DOS PONTOS CRITICADOS. REPÓRTER MARCELA DINIZ:
TEC: Na abertura do Seminário Internacional de Previdência Social, o presidente da Comissão de Direitos Humanos, senador Paulo Paim, do PT gaúcho, disse que a proposta de Reforma do governo praticamente acaba com as aposentadorias especiais e que a idade mínima de 65 anos para aposentadoria prejudicará quem começa a trabalhar mais cedo:
(Paim) As aposentadorias especiais praticamente desaparecem e todos terão de ter, no mínimo, 65 anos de idade, e ainda vem aquela frase: se o IBGE disser que aumentou a expectativa de vida, aumenta, também, a idade.
(REP) O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência Rural, deputado Elvino Bohn Gass, criticou a contribuição individual do trabalhador rural, proposta na Reforma da Previdência, com o argumento de que a renda do produtor rural é dependente do sucesso da colheita e da época do ano, o que prejudica a ideia de uma contribuição obrigatória. Sobre a idade mínima de 65 anos, o deputado apontou a produtora rural como a mais prejudicada: (Bohn Gass) Ela começa a trabalhar aos 16 anos. Aos 55 anos, ela já trabalhou 39 anos. Se agora ela vai para 65, ela vai para 49. A tabela da trabalhadora rural vai ser 114 pontos, enquanto nós, há pouco, votamos, 85 e 95 para os homens.
(REP) A economista Martha Seillier, assessora da Casa Civil da Presidência da República, defendeu a necessidade de Reforma para manter a Previdência Social no Brasil, e afirmou que a proposta do governo não afeta o direito adquirido, propõe a igualdade entre gêneros e prevê regras de transição longas:
(Martha) A transição dos homens é de 15 anos e a transição das mulheres é de 20 anos, então, ao longo dos próximos 20 anos isso seria revisto de forma gradual, acompanhando a tendência mundial, em que não existe mais essa diferença entre a aposentadoria de homens e mulheres.
(REP). Os representantes da Organização Ibero-Americana de Seguridade Social, Hugo Cifuentes Lillo, do Chile; e Carlos Garavelli, da Argentina; foram convidados para falar sobre as experiências de seus países com os desafios do sistema previdenciário.