Congresso deve aprovar projeto que assegure às quebradeiras de coco livre acesso aos babaçuais — Rádio Senado
Proposta

Congresso deve aprovar projeto que assegure às quebradeiras de coco livre acesso aos babaçuais

01/12/2016, 13h02 - ATUALIZADO EM 01/12/2016, 13h02
Duração de áudio: 02:13
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O CONGRESSO NACIONAL DEVE APROVAR UMA LEI QUE ASSEGURE ÀS QUEBRADEIRAS DE COCO O LIVRE ACESSO AOS BABAÇUAIS EM ÁREAS PÚBLICAS E FAZENDAS DO PIAUÍ, TOCANTINS, MARANHÃO E PARÁ. LOC: A REIVINDICAÇÃO FOI FEITA NESTA QUINTA-FEIRA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE QUE DISCUTIU MEDIDAS DE PROTEÇÃO DA REGIÃO ECOLÓGICA DOS BABAÇUAIS. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER GEORGE CARDIM. (Repórter) Ambientalistas e representantes das quebradeiras de coco babaçu do Piauí, Tocantins, Maranhão e Pará apresentaram um mapa da região ecológica dos babaçuais nos quatro estados. Os dados do Projeto Cartografia Social da Amazônia revelam que existem 25 milhões de hectares de babaçuais, mas as áreas estão ameaçadas pelo desmatamento e as plantações de soja e cana-de-açúcar. A senadora Regina Souza, do PT do Piauí explicou que a atividade emprega mais de 300 mil mulheres e defendeu medidas de proteção à palmeira. (Regina Souz) “É uma coisa que inquieta a questão do babaçu, primeiro porque é a minha origem, eu fui quebradeira de coco até a idade adulta, até os 17, 18 anos. Também porque minha família toda ainda mora na região. E a gente constata que está desaparecendo o babaçu, pelo menos na minha região, no Estado do Piauí. Então pra mim, neste momento, a principal questão é a proteção”. (Repórter) Os convidados da Comissão de Meio Ambiente pediram a aprovação de leis para proibir a derrubada das palmeiras e a queima do coco babaçu pela indústria. Também defenderam o livre acesso aos babaçuais em áreas públicas e propriedades privadas do Piauí, Tocantins, Maranhão e Pará, como explicou a coordenadora do movimento interestadual das quebradeiras, Francisca Nascimento (Francisca Nascimento) “Não é a monocultura que nós precisamos, não é o agronegócio que nós precisamos, nós precisamos da nossa palmeira do babaçu livre, sem impedimento, sem que ninguém impeça que a gente chegue até ela. Porque quando se instala o agronegócio vai tirando de perto da gente a palmeira, o babaçu e ele vai ficando bem distante” (Repórter) O representante do Ministério do Meio Ambiente Mauro Pires se manifestou a favor do livre acesso das quebradeiras e destacou a importância desta atividade na preservação da natureza. Além das amêndoas, utilizadas para extração de óleo, a casca do coco é usada para produção de carvão e a palha é aproveitada para o artesanato.

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