Autoridades alertam para forte redução do investimento em ciência e tecnologia — Rádio Senado
Audiência pública

Autoridades alertam para forte redução do investimento em ciência e tecnologia

Desde 2013 o Brasil vem sofrendo uma forte queda no investimento em ciência e tecnologia. Isto prejudica a educação, a pesquisa básica e o desenvolvimento do país. O alerta é dos gestores que participaram de audiência, nesta terça-feira (22), na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado (CCT), que debateu sobre os Fundos de Incentivo ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Segundo o senador Lasier Martins (PDT – RS), presidente da CCT, o excesso de burocracia, falta de regularidade na liberação dos recursos, pulverização dos recursos, descumprimento do pagamento de projetos aprovados e discrepância entre a receita dos fundos e a sua aplicação efetiva são alguns dos principais problemas enfrentados pelo setor.

22/11/2016, 11h42 - ATUALIZADO EM 22/11/2016, 12h03
Duração de áudio: 02:39
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: DESDE 2013 O BRASIL VEM SOFRENDO UMA FORTE QUEDA NO INVESTIMENTO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA. ISTO PREJUDICA A EDUCAÇÃO, A PESQUISA BÁSICA E O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS. LOC: O ALERTA É DOS GESTORES QUE PARTICIPARAM DA AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SENADO NESTA TERÇA-FEIRA. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) Logo na abertura da quinta audiência pública de avaliação dos Fundos de Incentivo ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o senador Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, destacou alguns dos principais problemas enfrentados pelo setor. (Lasier Martins) Excesso de burocracia, falta de regularidade na liberação dos recursos, pulverização dos recursos, descumprimento do pagamento de projetos aprovados e discrepância entre a receita dos fundos e a sua aplicação efetiva. Os participantes apresentaram indicadores sobre o financiamento científico e tecnológico. (Repórter) Atualmente, o Brasil investe cerca de 1,2% do Produto Interno Bruto na área. É mais do que a média entre os países latino-americanos. Mas fica muito atrás de economias avançadas e inovadoras como Estados Unidos, Japão e Alemanha. Uma das grandes dificuldades no setor tem sido não só a queda dos investimentos desde 2013, mas também a irregularidade. Um dos exemplos mencionados foi a concentração de recursos no programa Ciência sem Fronteiras, o que prejudicou outras atividades. A principal fonte de financiamento para o setor no país é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o FNDCT. Jailson Bittencourt de Andrade, representante do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, defendeu que essa fonte deve ser recuperada. (Jailson Bittencourt de Andrade) O FNDCT tem um papel preponderante (...) Ele precisa ser fortalecido e precisa ser resgatado, porque o investimento do FNDCT tem caído de uma forma abrupta. (Repórter) Mário Neto Borges, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, deixou uma mensagem clara sobre o assunto. (Mário Neto Borges) O desenvolvimento sustentável de longo prazo do Brasil só vai se consolidar se nós fizermos o devido investimento em educação, por um lado, e em ciência, tecnologia e inovação, pelo outro. Isto é que vai gerar riqueza. (Repórter) Este ano, a Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado já ouviu representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, do Tribunal de Contas da União e de empresas que recebem financiamentos públicos para o desenvolvimento científico e tecnológico.

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