CRE aprova indicação de Cesário Melantonio Neto como embaixador na Grécia
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) aprovou a indicação de Cesário Melantonio Neto para o cargo de embaixador na Grécia. Cesário, que desde 2014 é o embaixador do Brasil em Cuba, ainda depende de nova votação no Plenário do Senado para assumir a nova função.
Transcrição
LOC: A REUNIÃO DA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL APROVOU A INDICAÇÃO DE CESÁRIO MELANTONIO NETO PARA O CARGO DE EMBAIXADOR NA GRÉCIA.
LOC: CESÁRIO, QUE DESDE 2014 É O EMBAIXADOR DO BRASIL EM CUBA, AINDA DEPENDE DE NOVA VOTAÇÃO NO PLENÁRIO DO SENADO PARA ASSUMIR A NOVA FUNÇÃO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
(Repórter) Cesário Melantonio Neto apresentou aos senadores alguns números e informações atualizadas sobre a Grécia. De acordo com Cesário, o país, apesar da grave crise econômica, começa a mostrar sinais de recuperação. Em parte graças aos ajustes econômicos que estão sendo implementados e também pelo incremento do turismo. O senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, falou que apesar das diferenças, o Brasil deve aprender com o exemplo grego.
(Armando Monteiro) Embora os países sejam muito diferentes, a crise fiscal grega tem características parecidas com a crise fiscal do Brasil. Porque em grande medida ela foi fruto de longos anos em que os salários reais no setor público cresceram muito acima da inflação.
(Repórter) O embaixador Cesário Neto disse ainda que em sua nova função deverá subsidiar o governo brasileiro com informações não apenas sobre a Grécia, mas da nova conjuntura do continente europeu.
(Cesário Neto) Com o plano de austeridade em curso, momentaneamente esse perigo de saída da Grécia foi suspenso, e agora a União Europeia está enfrentando a perspectiva da saída da Grã-Bretanha. Então, aí, além da questão de acompanhar a crise fiscal na Grécia e dar informações ao nosso Governo, é importante acompanhar a crise na União Europeia, que numa ponta mais setentrional tem a Inglaterra e, numa ponta mais meridional, tem a Grécia, já que esse problema continua.
(Repórter) Cesario também conversou com os senadores a respeito de Cuba. Ele falou que nos dois primeiros anos em que esteve à frente da embaixada brasileira em Havana não recebeu nenhuma reclamação comercial. Mas, neste ano, várias empresas, de vários países, vêm enfrentando dificuldades em receber do governo cubano. E o temor é de que a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos acabe com a retomada das relações comerciais e agrave ainda mais a situação econômica da ilha caribenha.
MENSAGEM (SF) Nº 96, de 2016
