Comissão do Extrateto apresenta na terça-feira proposta para reduzir os supersalários
Transcrição
LOC: APÓS REUNIÃO COM REPRESENTANTES DO EXECUTIVO E DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, COMISSÃO ESPECIAL DO EXTRATETO DEVE APRESENTAR UMA PROPOSTA NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA.
LOC: O COLEGIADO AINDA VAI DISCUTIR A VOTAÇÃO DE UM PROJETO QUE PODE INCLUIR NO “ABATE-TETO” DO FUNCIONALISMO AS GRATIFICAÇÕES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) A Comissão Especial do Extrateto contará com a participação de dois deputados para fechar um acordo em torno de uma proposta que acabará com os supersalários. Ao receber integrantes do colegiado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia do Democratas do Rio de Janeiro, citou um projeto de lei de autoria do Executivo que disciplina os vencimentos de todo o funcionalismo. A proposta enviada no ano passado inclui no chamado abate-teto 38 possibilidades, entre elas, verbas de representação, adicionais como anuênios, gratificações, adicionais a exemplo do noturno, e auxílio-moradia. Segundo a relatora, senadora Kátia Abreu do PMDB de Tocantins, a Comissão deverá apresentar uma versão consensual, já que o projeto é considerado muito rígido. Ela afirmou que será discutida a possibilidade de aposentadorias recebidas por políticos pelo exercício de outras funções públicas não ser incluída no teto.
(Kátia Abreu) Estamos falando da aposentadoria contributiva, aquela que eu paguei para tê-la. Não estamos convictos desse caso. Queremos ouvir mais pessoas. Mas está em aberta porque a pessoa contribuiu, pagou, “comprou a aposentadoria” durante o seu período de trabalho, e, de repente, resolve trabalhar novamente. Isso é um ponto que temos que debater e que é possível que permita esta separação.
(Repórter) Kátia Abreu disse que na próxima terça-feira, a Comissão deverá apresentar uma proposta a ser discutida e levada ao Plenário do Senado. O colegiado se reuniu nessa quarta-feira com o presidente Michel Temer, que declarou apoio à iniciativa e designou o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, para auxiliar nos trabalhos. Segundo Kátia Abreu, o Executivo economizou R$ 800 milhões desde 2012 ao não pagar os supersalários.