Senadores defendem que STF não limite escutas telefônicas — Rádio Senado
Lava Jato

Senadores defendem que STF não limite escutas telefônicas

14/11/2016, 19h40 - ATUALIZADO EM 16/11/2016, 14h08
Duração de áudio: 02:03
Gil Ferreira/STF

Transcrição
LOC: SENADORES DEFENDEM QUE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NÃO LIMITE ESCUTAS TELEFÔNICAS LOC: ANA AMÉLIA, DO PP GAÚCHO, E ALVARO DIAS, DO PV DO PARANÁ, AFIRMAM QUE PROCEDIMENTO PODE CAUSAR IMPACTO NAS INVESTIGAÇÕES DA LAVA JATO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) O Supremo Tribunal Federal deve decidir se as interceptações telefônicas de investigados podem ultrapassar os 30 dias. O resultado poderá afetar diversas investigações criminais, entre elas a Lava Jato. Para a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, se o Supremo limitar as escutas, pode haver um impacto direto nas investigações. Ela lembrou que várias operações realizadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal se basearam em escutas autorizadas judicialmente. Ana Amélia destacou que a Lava Jato é uma consequência de ações que vêm sendo realizadas desde 2004: (Ana Amélia) Essa Operação Lava Jato começou em julho de. 2013 até março de 2014. E por conta da duração das escutas, foi possível exatamente estabelecer o mapa da criminalidade e das relações promíscuas e desse espectro da corrupção levantado conhecida agora “República de Curitiba”. Veja só, outras operações Lava Jato graças ao tempo de duração das escutas que por 30 dias autorizadas pelo Supremo para serem mantidas por mais 30 dias. (Repórter) Em 2004, a Polícia Federal realizou a Operação Pôr do Sol; depois, em 2006, veio a Operação Furacão, e, em 2008, a Operação Passadiço. Nas três investigações, as escutas telefônicas autorizadas foram apontadas como fundamentais. O senador Álvaro Dias, do PV do Paraná, concordou com a senadora Ana Amélia e lembrou que há um grande sentimento popular pela moralização e pela ética na política: (Álvaro Dias) A sociedade brasileira neste momento crucial para o futuro do país, não admite qualquer espécie de privilégio. Não importa que seja presidente da República, ministro do Supremo, todos devem ser iguais perante à Lei. Portanto é preciso radicalizar sim nesta hora. (Repórter) A ação sobre as escutas telefônicas teve origem em um recurso feito pela Procuradoria Geral da República. A decisão do Supremo valerá para todas as investigações que usam o procedimento.

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