Uma das principais medidas do Brasil contra o aquecimento global é acabar com o desmatamento ilegal até 2030
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Transcrição
LOC: UMA DAS PRINCIPAIS METAS DO BRASIL PARA REDUZIR A EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA É ACABAR COM O DESMATAMENTO ILEGAL ATÉ 2030 E REFLORESTAR PELO MENOS 12 MILHÕES DE HECTARES DE TERRAS.
LOC: NO BRASIL, OS DESAFIOS PARA CUMPRIR O COMPROMISSO SÃO MUITOS: FINANCIAMENTO, POLÍTICAS SOCIAIS E FISCALIZAÇÃO. REPÓRTER PAULA GROBA.
(Repórter) Em 2008, o Brasil já estabelecia um Plano Nacional de Mudanças Climáticas prevendo o fim do desmatamento ilegal em 2015. Os avanços foram significativos a partir de 2006, mas estudos apontam que a Amazônia brasileira ainda contou com uma perda florestal de 174 mil quilômetros quadrados entre 2000 e 2013, representando 5% da superfície original da floresta, área maior que o estado do Ceará. E, apesar de algum progresso, a Organização das Nações Unidas ainda estimou que, de 1990 a 2015, o Brasil registrou uma redução de quase 55 mil hectares no tamanho de suas florestas. Em 2015, durante o Acordo de Paris, o país mais uma vez prometeu o fim do desmatamento ilegal, desta vez até 2030 e ainda prevendo um reflorestamento de 12 milhões de hectares. Mas o que falta, de fato, para que o Brasil obtenha resultados positivos? Na opinião da senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, faltam políticas públicas e financiamento.
(Vanessa Grazziotin) O alcanço do desmatamento zero vem de políticas de desenvolvimento sustentável porque nós não podemos nos esquecer que lá não tem só floresta. Lá tem também pessoas e pessoas que precisam de alternativa econômica e essa não é uma questão isolada. Enquanto se discute essa necessidade nós estamos prestes a votar a PEC 55 que é a que limita os gastos públicos.
(Repórter) Para o relator da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, o dinheiro para ações do Brasil no cumprimento das metas não deve vir apenas do governo, mas também da iniciativa privada e de outros países.
(Fernando Bezerra Coelho) Não se pode apenas botar na porta do governo e dizer nós precisamos isso, isso e aquilo, não. Nós temos que fazer uma discussão aqui no Congresso Nacional que possa dar um norte no sentido de que a janela do financiamento não virá só dos bancos públicos federais, virá do setor privado.
(Repórter) E é a partir da COP 22, a Conferência das Partes sobre o Clima que acontece em Marrocos até o dia 18, que as metas começam a sair do papel, já que serão definidos modelos de financiamento, maior clareza da iniciativa dos países e fiscalização.