Especialistas consideram positivas e ambiciosas metas estabelecidas pelo Brasil na COP-21 — Rádio Senado
Mudança Climática

Especialistas consideram positivas e ambiciosas metas estabelecidas pelo Brasil na COP-21

As metas firmadas pelo Brasil na Convenção Mundial do Clima, a COP 21, foram consideradas ambiciosas e positivas, segundo os participantes de audiência pública da Comissão Mista de Mudanças Climáticas. Para o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, se cumprir as metas de redução do aquecimento, o Brasil conseguirá inclusive emitir menos gases de efeito estufa que o estipulado no acordo. Ele alerta, no entanto, que os países desenvolvidos terão de rever as suas estratégias para limitar o aquecimento global a menos de dois graus célsius. A repórter Paula Groba, da Rádio Senado, tem os detalhes.

18/10/2016, 19h13 - ATUALIZADO EM 18/10/2016, 19h46
Duração de áudio: 02:11
COMISSÃO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS: Análise de requerimentos; audiência interativa para discutir estudo sobre a revisão das metas apresentadas pelo Brasil no Acordo do Clima de Paris; logo depois, debate sobre a incorporação da INDC na Política Nacional sobre Mudança do Clima e deliberação sobre as emendas ao PLOA 2017
Data: 18/10/2016
Horário: 14:30:00
Local: Ala Senador Alexandre Costa, Plenário nº 7

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado.
Marcos Oliveira

Transcrição
LOC: AS METAS FIRMADAS PELO BRASIL NA COP 21 FORAM CONSIDERADAS AMBICIOSAS E POSITIVAS, SEGUNDO OS CONVIDADOS QUE PARTICIPARAM DA AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO MISTA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS. LOC: MAS, SEGUNDO O OBSERVATÓRIO DO CLIMA, OS PAÍSES TERÃO DE REVER ESTRATÉGIAS PARA LIMITAR O AQUECIMENTO GLOBAL A MENOS DE DOIS GRAUS CÉLSIUS. DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) O Brasil está entre os países que mais apresentaram metas ambiciosas para conter o aquecimento global. E, de acordo com especialistas e representantes do governo ouvidos pela Comissão Mista de Mudanças Climáticas, o país tem condições de cumprir o estabelecido. Para o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, se cumprir as estratégias previstas no anexo da INDC proposta, que é a Contribuição Nacionalmente Determinada Pretendida, o Brasil conseguirá inclusive emitir menos gases de efeito estufa que o estipulado no acordo. (Carlos Rittl) O caminho da implementação daquelas ações previstas em energia e em uso da terra nos levaria a limites de emissões em 2030 surpreendentemente chegaria a um patamar de emissões inferior até. (Repórter) O representante da entidade alerta, no entanto, para a necessidade de revisão da meta global pelos países envolvidos. (Carlos Rittl) O esforço agregado de todos os países ele não é suficiente pra que a gente atinja o limite do acordo de Paris no limite de aumento de temperatura. Se somarmos todas as promessas, todas as INDCs dos países, as promessas apresentadas no ano passado na avaliação ao longo do tempo elas não nos colocam numa trajetória compatível com o limite de 2 graus ou bem abaixo dos dois graus. Pelo contrário, nos levaria a um aumento das emissões ao longo do tempo. (Repórter) Já o integrante do Ministério de Relações Exteriores, Luiz de Andrade Filho, afirmou que o Brasil é a primeira grande economia emergente a adotar uma meta absoluta para toda a economia. O próximo passo, segundo ele, é regulamentar o acordo firmado em Paris que já passa a vigorar no mês que vem. Representante do Ministério do Meio Ambiente, Josana Lima disse que o Brasil está em plenas condições de cumprir o acordo firmado na COP 21, inclusive por meio de medidas aprovadas pelo Congresso Nacional, como a proposta que aumenta o percentual de biodiesel adicionado ao óleo diesel, vendido ao consumidor final. (Josana Lima) Já tem ações que nos ajudam nesse compromisso, por exemplo, com a alteração da Lei do biodiesel, o incremento do biodiesel no diesel. Esse aumento já contribui pra redução das emissões. (Repórter) A regulamentação do acordo do clima firmado em Paris será definida durante a COP 22, marcada para novembro, em Marrakech. Da Rádio Senado, Paula Groba. APÓS A AUDIÊNCIA, O COLEGIADO AINDA APROVOU QUATRO EMENDAS DA COMISSÃO À LEI ORÇAMENTÁRIA DE 2017 NO TOTAL DE 600 MILHÕES DE REAIS. AS EMENDAS FORAM DIRECIONADAS PARA AÇÕES DE RECUPERAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS E POLÍTICAS NACIONAIS DE RECURSOS HÍDRICOS, ENFRENTAMENTO DE PROCESSOS DE DESERTIFICAÇÃO E DEMAIS FENÔMENOS CAUSADOS PELA SECA E FOMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS.

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