Senadores debatem a necessidade de uma reforma política

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LOC: REFORMA POLÍTICA VOLTA A SER DEBATIDA POR SENADORES LOC: GRUPO SUPRAPARTIDÁRIO JÁ DISCUTE PONTOS COMO VOTO PROPORCIONAL E COLIGAÇÕES. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter): A necessidade de uma reforma política que modifique tanto as regras eleitorais quanto o sistema político ficou ainda mais forte após o impeachment. Questões como o fim das coligações e o voto proporcional estão sendo discutidas por vários senadores. João Capiberibe, do PSB do Amapá, defende mudanças para evitar distorções como a que permite ao chamado puxador de votos garantir a eleição de outros candidatos. Pelo sistema proporcional, os votos de todos partidos coligados são somados, em prejuízo de um candidato concorrente que, sozinho, poderia conquistar maior número de eleitores. Por outro lado, Capiberibe aprova a proibição das doações de empresas, aprovada pelo Congresso Nacional e já em vigor. Na avaliação dele, a iniciativa permite maior nivelamento econômico entre os candidatos: (CAPIBERIBE): A reforma política por exemplo. Essas coligações proporcionais. É que é difícil de entender. Lá você junta por exemplo quatro ou cinco partidos para eleger um. Aí você soma a votação de dezenas de candidatos para eleger alguém que é detentor do poder econômico. Eu tô acompanhando as campanhas municipais e eu já senti a diferença. Mudou que as campanhas estão mais tímidas, menos ricas. (Repórter): A líder do governo no Congresso, senadora Rose de Freitas, do PMDB do Espírito Santo, acredita que a reforma política só ocorrerá se a população assim exigir dos parlamentares. Rose aposta na rediscussão do parlamentarismo no Brasil: (ROSE): Como eu, eu sou uma pessoa crédula, né? Mas quando se fala em reforma política, eu sou completamente descrente, porque só se ajusta alguma coisa na política quando tem necessidade. Quando tá perto de uma eleição, então vamos abrir uma janela. Ah, vamos fazer isso. Vamos acabar com a legenda. Não acabaram com nada... Nós temos que aperfeiçoar. Aperfeiçoar esse sistema eu não acho. Eu acho que presidencialismo já faliu, o desgaste é enorme. (Repórter): Rose de Freitas afirmou que foi formado um grupo com os senadores Antônio Carlos Valadares, do PSB de Sergipe; Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo e Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, para elaborar propostas de reforma política. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.