Avanço do plantio de soja no Pantanal divide opinião de especialistas e produtores rurais — Rádio Senado
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Avanço do plantio de soja no Pantanal divide opinião de especialistas e produtores rurais

21/09/2016, 13h21 - ATUALIZADO EM 21/09/2016, 16h36
Duração de áudio: 02:34
Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) realiza audiência pública interativa para debater o tema "avanço do plantio da soja no bioma Pantanal".

Mesa:
coordenador geral de Autorização de Uso da Flora e Floresta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), André Sócrates Teixeira;
presidente do Instituto Socioambiental da Bacia do Alto Paraguai SOS Pantanal, Roberto Luiz Leme Klabin;
presidente eventual da CMA, senador Pedro Chaves (PSC-MS);
diretor de Licenciamento Ambiental do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Ricardo Eboli;
diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Luiz Nery Ribas.

 
Foto: Pedro França/Agência Senado
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: O AVANÇO DO PLANTIO DE SOJA NO PANTANAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O MEIO AMBIENTE DIVIDIRAM A OPINIÃO DE ESPECIALISTAS, AUTORIDADES E PRODUTORES RURAIS. LOC: O ASSUNTO FOI DISCUTIDO NESTA QUARTA-FEIRA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE. REPÓRTER GEORGE CARDIM. Téc: Autoridades, produtores rurais e ambientalistas discutiram o avanço do plantio de soja no Pantanal e suas possíveis consequências, por causa do uso intensivo de agrotóxicos. Os convidados explicaram que a região tem a economia baseada na agropecuária e no ecoturismo e lembraram que as terras produtivas do Pantanal são consideradas uma nova fronteira agrícola no país. O presidente do Instituto Homem Pantaneiro, Ângelo Rabelo, disse que vários estudos científicos apontam para a possibilidade de danos irreversíveis ao meio ambiente: (Rabelo) “Danos ambientais que já são evidentes, indiscutíveis. A partir dos processos erosivos na parte alta, nós temos áreas comprometidas permanentemente com inundação, redução de biodiversidade, comprometimento de nascentes. Que são fatos que não temos mais dúvidas que são realidade” (Cardim) O autor do pedido da reunião, senador Pedro Chaves, do PSC de Mato Grosso do Sul, disse que está preocupado com a contaminação e o assoreamento dos rios da região (Pedro) “Conheço muito bem nossa bacia hidrográfica. Aliás, tenho denunciado que muitos rios de meu Estado, se não fizermos algo para defendê-los, poderão morrer num futuro muito próximo“ (Cardim). Os produtores rurais e os representantes dos governos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul destacaram a importância do agronegócio na economia local. Também negaram o plantio de soja nas regiões alagadas do Pantanal e disseram que as lavouras estão restritas às áreas mais altas da região, como explicou o diretor do Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul, Ricardo Eboli. (Eboli) “Indubitavelmente constatada que não há soja plantada na planície inundável região do pantanal. Não há e não haverá e nunca houve. Por uma questão agronômica. Ninguém planta soja dentro da água” (Cardim). Os representantes do Ibama e do Instituto Chico Mendes destacaram a riqueza da biodiversidade do Pantanal e defenderam a conscientização dos produtores rurais. Também anunciaram a utilização do Cadastro Ambiental Rural e do Sistema Nacional de Controle da Origem de Produtos Florestais para monitorar e fiscalizar as lavouras de soja localizadas na região. Da Rádio Senado, George Cardim.

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