Senado aprova indicações para embaixador na Costa do Marfim e para representante na Agência Internacional de Energia Atômica
Transcrição
LOC: O SENADO APROVOU NESTA TERÇA-FEIRA AS INDICAÇÕES DO EMBAIXADOR BRASILEIRO NA COSTA DO MARFIM E DO REPRESENTANTE PERMANENTE DO BRASIL NA AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA ATÔMICA.
LOC: OS INDICADOS PELA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA FORAM SABATINADOS NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES. REPÓRTER HEBERT MADEIRA.
TÉC: (Repórter) Os senadores aprovaram duas indicações de cargos diplomáticos feitas pela Presidência da República: de Bruno Luiz dos Santos Cobuccio para a embaixada do Brasil na Costa do Marfim; e de Marcel Fortuna Biato para a representação permanente do Brasil na Agência Internacional de Energia Atômica e Organismos Internacionais Conexos. Bruno Luiz Cobuccio atua na área diplomática desde 1980, e acredita que o Brasil pode ter maior participação nas relações comerciais com a Costa do Marfim. Ele também informou que a economia do país tem crescido desde o fim de uma crise política, que durou de 1999 a 2011.
(Bruno) A Costa do Marfim hoje é a terceira economia da África Ocidental. Não depende de um único produto, há um processo de criação de uma classe média dinâmica, que consome, mas infelizmente isso não tem se refletido em termos de exportações brasileiras.
(Repórter) Já Marcel Biato foi muito questionado sobre produção energética. Ele espera garantir cooperação técnica e desenvolvimento tecnológico para o Brasil com apoio da Agência Internacional de Energia Atômica. O senador José Agripino, do Democratas do Rio Grande do Norte, quis saber a opinião do embaixador sobre a energia nuclear. Para Agripino, esse tipo de energia tem perdido espaço no Brasil por questões de segurança:
(Agripino) Já foi tempo em que a energia atômica esteve em moda no mundo inteiro. O tempo passou, Chernobyl veio, mais recentemente, o desastre de Tóquio, do maremoto, fez com que a energia nuclear entrasse em sinal de alerta no mundo inteiro.
(Repórter) Marcel Biato garantiu que não há crise no setor nuclear. Ele argumentou que a energia atômica é um modelo permanente, diferente das formas alternativas, que são intermitentes.
(Marcel) Um aspecto importante é que há todo um processo de redefinição, reavaliação das medidas de segurança, que estão sendo incorporadas não só às novas gerações de usinas nucleares, como as existentes.
(Repórter) Marcel alertou ainda que a energia hidrelétrica no Brasil pode, em 10 anos, deixar ser fonte de energia para se tornar apenas reserva de potência. Da Rádio Senado, Hebert Madeira.